A classificação de vias é um assunto delicado. Na minha opinião, temos que tentar decidir as coisas por partes. Conforme, post anterior, me parece haver três classes de critérios para classificação (físico, conexão e administrativo). Creio que a primeira coisa que devemos decidir é qual ou quais usar no Brasil. Sem entrar no mérito de propostas anteriores, achei ótima a proposta do Fernando de incluir critérios de conexão, conforme exemplificado no post de 2017-11-25 13:43:38. Não creio que esse deva ser o único critério, mas estabelecer classificação mínima para as rotas de ligação entre cidades garante uma boa conectividade entre locais. As características físicas também devem ser consideradas, adotando-se para cada trecho a maior classificação obtida por um dos dois critérios. Pelos vários motivos já expostos, a classificação administrativa não deve ser usada. Dou como exemplo a conexão entre Porto Alegre-RS e Lages-SC, no trecho entre São Leopoldo e Vacaria (Via Caxias do Sul), em que o melhor caminho não é pela BR-116 (uma das cinco!), mas sim pela RS-122, apesar do percurso passar pela BR-116 nos outros trechos.
Quanto ao critério de conexão, acho que o adequado seria:
trunk - para ligar cidades ou aglomerados urbanos com mais de 1 milhão de habitantes
primary - para ligar cidades com mais de 100 mil habitantes
secondary - para ligar cidades com mais de 10 mil habitantes
Uma vez estabelecidas as rotas de ligação, dependendo das características físicas, a classificação de uma via pode ser elevada, mas não reduzida.
A lista de cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes (que devem, por esse critério, ser ligadas por trunk), segundo o IBGE, é:
São Paulo, SP
Rio de Janeiro, RJ
Brasília, DF
Salvador, BA
Fortaleza, CE
Belo Horizonte, MG
Manaus, AM
Curitiba, PR
Recife, PE
Porto Alegre, RS
Goiânia, GO
Belém, PA
Guarulhos, SP
Campinas, SP
São Luís, MA
São Gonçalo, RJ
Maceió, AL
Proponho que se discuta a ligação entre essas cidades.