[RS] Níveis mais altos da classificação viária no RS

Claro, nada impede continuar com o trabalho no estado.

No RS, temos 5 participantes ativos nesse tópico, ou seja, 5 cabeças pensando juntas sobre o assunto. Mas são 5 cabeças pensando sobre o contexto local apenas. Não sei se tem tantas em outro estado nesse momento. Se juntar todas acho que dá umas 15 no máximo. Talvez o RS esteja super representado na discussão, o que faria o pessoal dos outros estados sentir que queremos impor a nossa realidade sobre a deles.

Só pra avisar que isto não foi esquecido, mas só vou ter tempo de atualizar o esboço no final da semana.

Não sei se já temos uma boa justificativa. Tráfego leve faria com que outras BRs ficassem de fora e tráfego intenso faria com que algumas que não incluímos fossem incluídas, incluindo diversas rodovias estaduais próximas da região metropolitana. E como constatamos via Telegram no Uruguai (páginas 13 e 27), classificação e volume de tráfego nem sempre andam juntos.

Tem uma discussão similar acontecendo na Argentina.

Pessoal, tentando conciliar todas as opiniões que foram colocadas aqui, estou fazendo um estudo de classificação das rodovias do RS, para chegar a uma metodologia definida claramente com regras. É um pouco diferente do que definir os trechos com base apenas no conhecimento local. Gostaria de expor a metodologia para ouvir as opiniões do grupo.

Consegui o que eu considero uma boa classificação para motorway e trunk. Ainda estou trabalhando nas primary, mas quando estiverem definidos, esses três níveis devem ser suficientes para praticamente qualquer movimentação dentro do estado.

Creio que o mais fácil seja motorway, que é definida com base em características físicas. Já identificamos as motorways que existem atualmente no Rio Grande do Sul, e acho que não há dúvidas quanto a elas:

  • BR-101, de Torres a Osório
  • BR-116, de Novo Hamburgo a Guaíba
  • BR-290, de Osório a Porto Alegre
  • BR-392, de Rio Grande a Pelotas
  • BR-448, de Sapucaia do Sul a Porto Alegre

Em relação às trunk, lembrando que elas devem ter importância nacional, comecei identificando as principais cidades ou conjunto de cidades do Rio Grande do Sul, com cerca de 200 mil habitantes ou mais. A ideia era selecionar poucos aglomerados, porém grandes o suficiente para terem importância nacional:

  • Porto Alegre e Região Metropolitana
  • Pelotas e Rio Grande
  • Caxias do Sul
  • Santa Maria
  • Passo Fundo

Outro ponto importante que foi mencionado foi a necessidade de estabelecer as conexões mais importantes com os vizinhos. A metodologia que eu utilizei foi escolher as maiores cidades do Uruguai (Montevideo), Argentina (Buenos Aires) e Brasil (seria São Paulo ou Curitiba, dependendo do critério, mas como o caminho para São Paulo passa sempre por Curitiba, dá no mesmo). Traçando todas as melhores rotas entre as maiores cidades do Rio Grande do Sul e esses 3 pontos de significância nacional e internacional, é possível definir 7 pontos de entrada no RS que podem ser considerados significativos:

  • Torres (liga Porto Alegre e Pelotas a São Paulo, via Curitiba)
  • Vacaria (liga Caxias do Sul a São Paulo, via Curitiba)
  • Concórdia/SC (liga Passo Fundo e Santa Maria a São Paulo, via Curitiba)
  • Uruguaiana (liga o Rio Grande do Sul a Buenos Aires)
  • Livramento (liga Santa Maria e Passo Fundo a Montevideo)
  • Jaguarão (liga Pelotas, Porto Alegre e Caxias do Sul a Montevideo)
  • Chuí (liga Rio Grande a Montevideo)

Em seguida, tracei as rotas entre as maiores cidades do Rio Grande do Sul, bem como entre essas cidades e os 7 pontos de entrada identificados no passo anterior. Adicionei o critério de deixar de fora os casos em que a rota de uma cidade até um ponto de entrada passa por outro ponto de entrada, o que, basicamente, exclui da lista apenas a conexão direta entre Uruguaiana e Livramento.

Adicionei à lista as rodovias duplicadas com mais de 10 km de extensão. Se uma rodovia for duplicada em uma extensão grande, é porque o fluxo de veículos é intenso e provavelmente há uma justificativa para isso. Avaliando caso a caso, apenas duas rodovias desse tipo não estavam incluídas nas rotas traçadas pelo critério mais geral, e creio que os dois casos são plenamente justificáveis:

  • A ERS-239, entre Taquara e Novo Hamburgo: Liga, num trecho relativamente curto, uma população de mais de 400 mil habitantes à região metropolitana.
  • A ERS-030, entre Osório e Tramandaí: É a continuação da BR-290 em direção ao mar, ligando (também num trecho curto) todas as praias entre Imbé e Quintão à Freeway, envolvendo um fluxo bastante considerável no verão.

Dessa lista, foram retiradas as rodovias que já são motorway. A lista consolidada das trunk ficou:

  • BR-116, do Rio Pelotas à ERS-122
  • BR-116, de Guaíba a Jaguarão
  • BR-153, do Rio Uruguai a Erechim
  • BR-153, de Passo Fundo a Vera Cruz
  • BR-158, de Panambi a Livramento
  • BR-285, de São Borja a Vacaria
  • BR-287, de Tabaí a Santa Maria
  • BR-290, de Guaíba a Uruguaiana
  • BR-293, de Pelotas a Livramento
  • BR-386, de Canoas a Soledade
  • BR-392, de Santa Maria a Pelotas
  • BR-453, de Venâncio Aires a Aratinga
  • BR-470, de Garibaldi a Nova Prata
  • BR-471, de Santa Cruz do Sul ao Chuí
  • BR-472, de Uruguaiana a São Borja
  • ERS-030, de Osório a Tramandaí
  • ERS-122, de Rincão dos Cascalhos à BR-116
  • ERS-135, de Erechim a Passo Fundo
  • ERS-239, de Novo Hamburgo a Taquara
  • ERS-240, de São Leopoldo a Rincão dos Cascalhos
  • ERS-324, de Nova Prata a Passo Fundo
  • ERS-486, de Aratinga a Terra de Areia

O resultado do estudo para motorway e trunk está no mapa abaixo:

Proposta de trunks no RS

Dessa forma, foi possível dividir as rotas que estamos discutindo em duas classes. Todas as demais rodovias importantes seriam primary. Creio que assim conseguiríamos separar as importantes das muito importantes, de acordo com critérios bem definidos.

Se isso estiver adequado, faltaria consolidar todas as rotas que foram discutidas para definirmos as primary.

Em relação ao que tínhamos, isso rebaixaria de trunk para primary as seguintes rotas, que somam 1656 km:

  • BR/RSC-101 de Osório a São José do Norte

  • BR/RSC-153 de Novo Cabrais a Aceguá

  • BR-158 de Panambi a Maravilha, SC

  • BR/RSC-287 de Santa Maria a São Borja, e de Tabaí a Portão juntamente com um trecho da ERS-240

  • BR-293 de Santana do Livramento a Quaraí, e a RSC-377 de Quaraí à BR-290 em Uruguaiana

  • BR-386 de Tio Hugo a Maravilha, SC (nota: trecho final coincide com o da BR-158)

  • BR-392 de Entre-Ijuís a Porto Xavier

  • BR-472 de Uruguaiana a Barra do Quaraí

  • BR-480

As BRs somam 8490 km. Destas, a proposta no início do tópico inclui 6041 km (72%). Sua nova proposta inclui apenas 4385 km (52%).

Interessante que, na sua lista de cidades com ~200k ou mais habitantes, você deixou de fora Novo Hamburgo, que implicaria na inclusão do trecho final da ERS-240 e início da BR-287 usando os mesmos critérios. O litoral não apresenta nenhuma cidade de mesmo porte, então acho difícil justificar a inclusão de uma via devido a um movimento temporário e a exclusão de outra que apresenta movimento maior permanente.

Dependendo de como esse critério for avaliado, precisaria incluir também o trecho da RS-040 entre Porto Alegre e Viamão. Mas isso produz uma descontinuidade considerável, com a rodovia sendo pista simples após Viamão e a avenida Bento Gonçalves em Porto Alegre sendo primary conforme o plano diretor.

Acho importante considerar isso no contexto do que esperamos que sejam as demais primary - a grande maioria das rodovias estaduais pavimentadas.

Alguma razão para não incluir na sua metodologia outras cidades com ~200k habitantes ou mais fora do RS? Por exemplo, estão faltando:

  • Posadas, Argentina (277k), conurbada com Encarnacion, Paraguai (somando juntas 405k), que sugere a inclusão de 294 km BR/RSC-287 de Santa Maria a São Borja

  • Londrina, PR (553k), Maringá, PR (403k) e Cascavel, PR (316k), que sugerem a inclusão de 157 km da BR-158 de Panambi a Maravilha, SC (também é uma das principais rotas entre Santa Maria e Foz do Iguaçu + Ciudad del Este, que somam 486k)

  • Foz do Iguaçu, PR (263k), conurbada com Ciudad del Este (somando juntas 486k), que sugere a inclusão de 80 km da BR-386 de Tio Hugo a Sarandi

  • Chapecó, SC (213k), que também sugere a inclusão da BR-386 de Tio Hugo a Sarandi e mais parte da BR-158 próximo a Panambi

  • Novo Hamburgo (239k), que sugere a inclusão de 41 km da BR/RSC-287 de Tabaí a Montenegro e da ERS-240 de Montenegro a Portão

Somando 537 km de rebaixamento sem explicação. Fora estes, os únicos trechos que sobraram que não são administrados pelo governo federal são a RSC-101 de Osório a São José do Norte e a RSC-377 de Quaraí a Uruguaiana, e os únicos que estão em mau estado são a RSC-101 de Osório a Tavares (190 km) e a BR-153 em Caçapava do Sul (25 km).

Notavelmente, boa parte das vias que você sugeriu rebaixar estão longe de Caxias do Sul (especialmente essas para as quais não há explicação), e as elevadas estão perto.

Achei interessante a proposta de highway=trunk do @fbello, embora não concorde em alguns pontos.
E na verdade, penso que ninguém nunca vai concordar em 100%, por isso se faz necessário uma tabela de trechos de rodovias, onde nas linhas da tabela se tenha os trechos, e nas colunas se tenha o tipo de highway: Trunk primary secondary tertiary unclassified. Dai nessa tabela vamos computando os votos do pessoal.

Eu acho que a classificação “motorway” é a única que poderia ser esperada para ter critérios mundiais iguais, e como eu disse antes, eu não acho que seria conveniente para classificar “motorway” a BR-101 Osorio-Torres

Aceito e penso que é aconselhável “relaxar” algumas restrições para outras categorias, dependendo da realidade de cada região, mas não para “motorway”.

O litoral já tem a 101, não acho que deva ser acrescentada outra como trunk.

Eu incluiria o trecho da BR-472 de Uruguaiana a Bella Unión, Uruguai, é uma rota não só para Colônia do Sacramento como para a Argentina atravessando parte do Uruguai.

A intensidade do tráfego (página 27) não sugere que seja uma rota de passagem significativa para a Argentina. Nem mesmo para a capital do Uruguai. Sugere, contudo, que há tráfego intenso na área urbana de Bella Unión até próximo da rota 30, a 23 km do núcleo dessa cidade uruguaia.

A rota usualmente utilizada pela RN14 argentina, não pelas rotas uruguaias, que são de baixa qualidade, menor velocidade efetiva e, acima de tudo, mais insegura, porque não são duplicadas.

Se forem categorizados da mesma forma, para que o roteamento permaneça razoável, seria necessário carregar as velocidades máximas legais e / ou as velocidades efetivas (maxspeed:practical), para que continue preferindo passar pela Argentina, pois quando tal informação estiver faltando, os roteadores assumem valores que nem sempre são reais.

Além disso, cada travessia de fronteira leva pelo menos 30 minutos, então estaríamos aumentando 60 minutos para a viagem.

A proposta inicial (começada no Telegram) era discutir quais seriam as principais rodovias, incluindo primary, trunk e motorway. Atualmente, poucas são trunk. Estou propondo elevar boa parte dos trechos para trunk, e não rebaixar. Só acho que temos que ser mais criteriosos ao escolher as mais importantes dentre as importantes. O limite entre trunk e primary ainda não foi definido.

Tens razão. Como eu estava avaliando a região metropolitana a partir de Porto Alegre, acabei deixando fora o trecho citado. Vou incluí-lo.

O movimento não é temporário. É sazonal e permanente. Há uma grande diferença.

Esse trecho tem alguns motivos para não ser incluído: Tem exatamente 10 km (talvez seja o caso de elevar o limite), está todo em área urbana e está desconectado do resto, ao contrário da rota que vai da Freeway até Tramandaí. Além disso, Viamão e Porto Alegre estão conurbadas e é difícil estabelecer uma rota que ligue as duas cidades.

Bem lembrado. Vamos considerar ponto a ponto.

O fluxo de veículos dentro de um país é sempre muito maior que entre um país e outro, por uma série de razões. Por isso, faz sentido que o limite de população a considerar ao conectar um país a outro seja maior. A conexão com as principais metrópoles argentinas (Buenos Aires, Córdoba, Rosario, Mendoza, San Miguel de Tucumán, La Plata, Mar del Plata, Salta e Santa Fé) passam por Uruguaiana. No Uruguai, a única cidade com população significativa é Montevideo mesmo.

Quanto às cidades brasileiras, é bom inverter a lógica da metodologia para testar como funcionaria em outros estados. As maiores cidades de Santa Catarina são Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Chapecó, Itajaí e Criciúma. Destas, apenas Chapecó não se conecta com Porto Alegre via BR-101, mas via Passo Fundo pela ERS-406/ERS-324.

As principais cidades do Paraná, depois de Curitiba, são Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçú e Colombo. São José dos Pinhais e Colombo ficam na Grande Curitiba. A conexão de Porto Alegre com Londrina e Ponta Grossa é via Torres, e com Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçú é via Chapecó,

Quanto à conexão com as demais cidades, a única com necessidade de rota alternativa seria Santa Maria, usando a BR-158 que passa por Iraí para conectar com as cidades no oeste do Paraná.

Em relação a Novo Hamburgo, foi falha minha, como já mencionei antes.

Considerando agora os dois novos pontos de conexão (Chapecó/SC e Iraí), para garantir a conexão com Porto Alegre é necessário, ainda, adicionar o trecho da BR-386, entre Tio Hugo e Boa Vista das Missões.

Assim, vejo motivo para incluir na lista de trunk os seguintes trechos adicionais:

  • BR-158, de Panambi a Iraí
  • BR-287, de Montenegro a Tabaí
  • BR-386, de Tio Hugo a Boa Vista das Missões
  • ERS-240, de Rincão dos Cascalhos a Montenegro
  • ERS-324, de Passo Fundo a Gramado dos Loureiros
  • ERS-406, de Gramado dos Loureiros ao Rio Uruguai (em direção a Chapecó)

Obrigado pelas observações.

O trecho em questão é perpendicular à BR-101.

Eu estava mesmo enganado em relação ao tráfego até a Argentina, mas o tráfego da fronteira em si e a divisão do fluxo até o ponto com a RN30 sugere que a rota é importante para o norte do Uruguai, tanto que do lado uruguaio é trunk. Na fronteira o tráfego é superior ao de Jaguarão.
Não verifiquei o volume de tráfego entre Uruguaiana e Barra do Quaraí, se for um volume baixo não justificaria ser trunk.

A rota para Colonia de Sacramento (que é importante para ir a Buenos Aires de balsa) de qualquer uma das maiores cidades do RS passa por umas das três rotas já estabelecidas (Livramento, Jaguarão ou Chuí). A importância do trecho de Uruguaiana a Barra do Quaraí não se compara com a dessas três rotas. A melhor rota de Uruguaiana para a Argentina é atravessar a ponte.

No que depender de mim, já podemos aplicar esse mapa, e começar a discutir as vias de menor importância, as que temos dúvidas, como a de Uruguaiana a Barra do Quaraí podemos deixar para depois.
Não tenho dúvidas que as vias que estão neste mapa são trunk, faltou incluir a cidade de Novo Hamburgo como referência, que tem mais de 200 mil hab.

No meu ver também concordo que tudo aquilo ali é trunk e motorway tal como tá ali.
(da próxima vez sugiro usar uma das cores mais diferente, porque fica meio difícil distinguir as motorways, no azul com verde em grande escala e traço fino)
Na minha opinião se poderia já votar este mapa aí, e se aprovado já se pode ir adequando estas no OSM.

Se continua tratando do restante que não esteja neste mapa.

Tipo votar:

“Aprova-se o mapa em https://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?pid=701372#p701372? e consequentemente já ir adequando o que ali está, caso aprovado?”

SIM:
NÃO:

Refiz o mapa conforme as modificações sugeridas. Basicamente, as trunks são usadas para ligar as cidades com cerca de 200k ou mais, incluindo as de Santa Catarina e do Paraná. No caso das cidades do Uruguai e Argentina, considerando que o trânsito sempre é muito mais intenso dentro de um país do que entre um país e outro, foram consideradas as cidades com 500k ou mais.

Proposta de trunk no RS

Fiz também um exercício ligando as cidades do RS com 20k ou mais usando primary, para ter uma ideia de como ficaria o mapa.

Proposta de trunk e primary no RS

Peço que avaliem o resultado. Se acharem que algum trecho deva ser incluído ou retirado, por favor indiquem qual trecho e por qual motivo.

Não conheço bem o norte do estado, mas quanto a parte da região sul e do litoral para mim está ok.