Veja bem, eu concordo com você que as densidades das malhas devem ser comparadas.
Você me acusou de iniciar um tópico tendencioso, mas percebo que você vem martelando essa ideia (que é absurda) de que não temos critério (você mesmo concluiu o contrário) e que de repente tudo virou trunk, e ambos são obviamente mentiras. Uma leitura honesta do início da thread deve deixar isso claro aos outros leitores. A lista de exclusões lá é quase maior do que a de inclusões. Dos 8490 km de rodovias federais ou coincidentes no RS, apenas 6071 km (72%) foram incluídos no conjunto das importantes, ou seja, quase um terço ficou de fora. Essa sua postura não ajuda o debate, apenas o distorce.
Como você defende critérios claros, o ponto chave pra mim é a segunda parte da sua afirmação: se as duas levam ao mesmo lugar. Mas nessa situação, acho que os nossos critérios atuais automaticamente selecionariam a rota duplicada, por ser o melhor caminho. Ainda assim, a duplicação não é o único fator. Uma rodovia multi-faixas (pista simples) e limite de velocidade alto geralmente é mais interessante do que uma duplicada com limite de velocidade reduzido que atravessa várias áreas urbanas. Você defende que essa conexão é importante pelo turismo (é o que parece) e sugere uma aglomeração (Gramado + Canela) que soma 78 mil habitantes. É quase um quarto abaixo do limiar pra place=city. Embora a inclusão de outras cidades com população similar não faria diferença no nosso esquema atual, a inclusão dessas duas sim me parece arbitrária. Por que 78 mil então, e não 57 mil, que incluiria Taquara e que então finalmente levaria à inclusão da ERS-239 no conjunto?
Mesmo que isso não se aplique à ERS-239, tem que estar claro qual é o motivo fundamental pra classificar de um ou de outro jeito. A ERS-239 seria escolhida como caminho pra muitas rotas mesmo que não seja trunk por causa da sua geometria aproximadamente linear, por ser o caminho mais curto em relação às vias próximas com velocidade similar. Se o turismo fizer diferença pra essa via, temos que pensar se não faz pra outras também, por exemplo, para quem vem do norte pela BR-101 e chega pela RSC-453. Se formos olhar pros concorrentes, Here.com e Google Maps dão destaque a essas vias e mais um trecho da ERS-020, apesar da sua estrutura similar a das demais rodovias. Notavelmente, é uma via pedagiada, mas isso não faz diferença na classificação de outras vias similares nesses dois sistemas.
Quando há retorno financeiro e há tráfego intenso. Mas se esse for o critério, então temos que classificar primariamente pelo volume de tráfego, ignorando outros fatores. As outras comunidades estão classificando pensando em quais vias são de passagem (throughfares), o que é um conceito um pouco diferente (e que veio da classificação da Inglaterra e foi aplicado em lugares diversos como Alemanha e Estados Unidos).