Votação da proposta Trunk para 5 rodovias federais

Apesar de defender “roteamento” fui voto vencido com o argumento que no OSM não deveríamos editar para renderizadores.

O maior problema que vejo no OSM Brasileiro é o emprego demasiado da classe PRIMARY mantendo no mesmo nivel rodovias estaduais com rodovias federais, que a principio existem para ligar estados, enquanto as estaduais ligam municipios.

E que fique bem claro que estamos nos referindo somente a rodovias, sem considerar o emprego de classes elevadas em zonas urbanas.

A classe Trunk era muito pouca empregada no Brasil porque se era considerado que essa classe exigia pista dupla, quando na verdade, pela wiki, não exige.

Sendo coerente com o descrito na Wiki, quanto a importância da via na malha de um país, decidiu o grupo, por consenso da maioria, elevar as 5 principais rodovias brasileiras para TRUNK.

Voce está confundindo PISTA com FAIXA DE PISTA. São duas coisas distintas.

Pista Dupla exige barreira física central separando as faixas de pista de cada lado, não importando a quantidade de faixas de pista de cada lado. Pode ser uma ou mais de uma.

Pista Simples não tem barreira física central, independente da quantidade de faixas de pista para cada sentido dela.

No Brasil se emprega muito a terceira faixa quando em subida em um sentido. A pista continua sendo pista simples porque não tem barreira central entre faixas.

Como aparentemente não leu voce a definição que postei acima, cito novamente:

** Pista simples**
São aquelas em que há somente um pavimento asfáltico, que é compartilhado pelos veículos nos dois sentidos de circulação (mão dupla). Veículos nesse tipo de rodovia devem trafegar sempre do lado direito da pista (em relação a si), porém podendo utilizar o outro lado da pista para efetuar ultrapassagens em determinadas condições.

Pista dupla
São aquelas que possuem duas faixas de rolamento em cada direção (ou sentido) com barreira física central, o canteiro e que possui outras barreiras meios-fios (guias), muretas, guard rail, etc., que dificultam conversões ou retornos irregulares, de forma que, cada sentido de circulação possui uma pista própria. Essa construção permite o desenvolvimento de uma maior velocidade e também uma maior segurança, já que torna mais difícil que dois veículos colidam frontalmente em alta velocidade, que é uma das causas frequentes de acidentes em rodovias de pista simples.

Não editar para renderizadores é uma coisa (pelo que eu entendo, é não editar com o propósito que as coisas apareçam de determinada forma num renderizador em particular). Outra coisa é classificar adequadamente as rodovias. Roteamento deve, sim, ser levado em consideração, visto que é uma das aplicações mais úteis do mapa.

Isso pode ser resolvido rebaixando as rodovias menos importantes para secondary.

Concordo. Zonas urbanas são diferentes. Para conseguirmos mapear adequadamente o país inteiro, primeiro devemos chegar num acordo quanto às rodovias em zonas rurais (que são as que se enxerga claramente nos mapas nacional e estaduais), para depois ajustar o mapeamento nas cidades, de modo que o roteamento seja adequado.

O que a wiki diz é que não exige rodovia dividida por um canteiro central. A trunk parece ser pouco empregada no Brasil, por dois motivos:

  1. Rodovias duplicadas ainda não foram mapeadas corretamente e estão como primary (por exemplo, a BR-459 em -22.2085541,-45.9296414).
  2. Rodovias mapeadas como motorway têm cruzamentos em nível e deveriam estar mapeadas como trunk (por exemplo, a BR-277 em -25.393539,-54.3066739).

Ok. Reformulo então: Uma rodovia que tem duas faixas de pista em cada sentido deve ter uma classificação superior a uma rodovia que tem menos que isso. Essa é a diferença entre uma rodovia duplicada e uma não duplicada. Geralmente, isso é acompanhado de um canteiro central, mas às vezes não.

Ok.
Acho que concordo que talvez tenha muitas primary, e algumas poderiam ser rebaixadas (sem precipitar, discutir antes até clareza).
Acho que concordo que a BR 101 poderia deixar de ser trunk na ponta final depois de Osório.

As 5BR é também uma tentativa de restaurar o sentido das trunk, que quase nada havia no Brasil , que de repente se vê que pode se ir corrigindo ainda.

Conseguiríamos sintetizar os conceitos bem objetivamente?

Para o tópico não ficar muito pesado tipo com discussões paralelas se é pista ou faixa,
ou argumentos que mais provocam discussão inútil como “quem discorda disso nunca tenha feito o trajeto”.
Isso acaba desviando e atrapalhando até o entendimento de proposta, por melhor que ela possa ser.
Ser objetivo. Senão as pessoas (pelo menos eu) perde o saco de ler tudo.

Conceitos claros e propostas sintéticas,
para que se fale a mesma coisa sem retomar tudo de novo, que é o maior saco.

Tipo
O que é:
pista=?
faixa=?
duplicada=?

Conseguimos mostrar alguns exemplos de correções?
onde:
-trunk fica trunk;
-motorway fica motorway;
-trunk deveria passar a primary;
-primary deveria passar a secondary;
-o que mais precisaria?

Ainda há dificuldade com as trunk mesmo na comunidade internacional.
Talvez precisasse de uma nova tag tipo para diferenciar “duplicate=yes” (2 pistas, cada uma 2 faixas) para permitir com critério de preferência em roteamento?

Sim, mapeamento e roteamento são 2 coisas diferentes. Em teoria não se deve mapear para roteamento.
Mas a prática pode mostrar que em alguns casos “extremos” se pode ser mais flexível.
A questão sempre é tentar tornar menos subjetivo e mais objetivo o processo, também na escolha de mapear para “um” roteador particular.
Há algum padrão básico?
Há a necessidade de integrar mais com os desenvolvedores de roteamento na comunidade internacional, para ver o que precisaria?
Ou isso não seria viável na prática?

Pergunta :
Já tem a tag lanes=* , importante sobretudo para as de hierarquia alta, diferenciar entre as de mesma classe.
Por que essa tag não é usada para fazer a preferência de roteamento?
Não seria importante integrar os desenvolvedores de roteadores nessa discussão?
Afinal, roteamento é um dos argumentos invocados.
E do que vejo eles não tomam muita parte nisso.
Aí se acaba fazendo pior, mapear considerando o roteador, mas sem que se possa influir no roteador. Aí fica ruim.

Acabou de ser introduzida uma tag internacional pra outro assunto, o da linguagem padrão.

Se precisasse uma tag pra ajudar os roteadores a distinguir as vias top de preferência, de modo a não atrapalhar uma classificação hierarquica independente, não poderia ser introduzida, se se visse que ajudaria?
Tipo: Se tiver presente, ajuda a distinguir; se ausente, prevalece a hierarquia independente.
Por exemplo, existia até uma tag 4wd_only.

E as outras tags, ou o fato ainda de a via já ser desenhada duplicada,
qual o sentido se os roteadores não usarem isto?

Também a comunidade internacional parece que tem dificuldades com as trunk.

Qual o critério de hierarquia padrão, ou mais geral, usado nos roteadores?

A ideia é essa. Discutir bem aqui antes de mexer em qualquer coisa.

Avaliando o sistema de classificação atual das vias rurais, acho que o ponto mais fraco é justamente a distinção entre primary e secondary. O critério que foi estabelecido, por falta de um outro melhor, foi a presença ou não de acostamento. Como isso não é algo tão fácil de ser verificado, foi-se mapeando tudo como primary, e acho que essa foi a principal causa da confusão. Agora estamos vendo a necessidade de se definir que algumas rodovias são mais importantes que outras e creio que reformular a distinção entre primary e secondary pode resolver esse problema.

Quanto às definições, creio que as que precisamos no momento são:

  • Rodovia duplicada: rodovia pavimentada com, no mínimo, duas faixas em cada sentido.

  • Rodovia simples (também chamada de pavimentada): rodovia pavimentada com menos de duas faixas em pelo menos um sentido.

  • Rodovia implantada: rodovia não pavimentada.

Pelas definições acima, uma rodovia com terceira pista continua sendo uma rodovia simples, pois ela tem duas pistas num sentido, mas apenas uma no sentido oposto. Ainda, uma rodovia duplicada pode ou não ter canteiro central.

A minha proposta é bastante simples e fácil de mapear, e relaciona a classificação dos mapas do DNIT (e dos mapas estaduais) com as classificações do OSM:

duplicada → motorway ou trunk

pavimentada → primary ou secondary

implantada → tertiary ou unclassified

Resta definir como diferenciar as duas classes de cada categoria do DNIT. Motorway/trunk é fácil: se a rodovia for dividida e sem cruzamentos em nível (ou seja, se o trânsito normal nunca cruza transversalmente a rodovia), é motorway. Caso contrário, é trunk.

A diferenciação entre primary e secondary pode resolver o problema de separar as rodovias pela sua importância. Podem ser definidos critérios para essa diferenciação e a comunidade decidir sobre cada rodovia individualmente. Para facilitar o trabalho, podemos dividir a discussão por estado ou por região, se acharem melhor.

A diferença entre tertiary e unclassified também pode ser discutida. Talvez por importância, talvez classificando como tertiary as que ligam municípios, talvez pela situação física (implantada X leito natural), ou por outro critério a definir.

De qualquer forma, o que estou propondo como orientação geral é dividirmos as 6 classes do OSM entre as 3 classes do DNIT, da forma acima. Acho que isso vai facilitar muito o mapeamento e evitar vários problemas.

Quanto à comunidade internacional, a classificação varia de país para país. Tenho certeza que a classificação acima para o Brasil seria aceita como um critério coerente por outros países.

Em relação à via duplicada ser desenhada duplicada, isso acontece quando ela tem canteiro central, o que não é sempre. Além disso, só se observa a duplicação bem de perto. De longe, só o que se vê é a classe da rodovia.

Sim, a BR-101 é uma boa rota, mas não deve ser classificada como highway=motorway, não atende aos requisitos pois possui saídas e entradas à esquerda e acesso das propriedades vizinhas.

os tags já estabelecidos podem ser usados

oneway=yes & lanes=2

o

oneway=no & lanes=4 & lanes:forward=2 & lanes:backward=2

Então, se já tem as tags, não se teria que envolver os desenvolvedores de roteadores, pra resolver mais completamente estas questões ?
Que bem podem não ser só daqui.
Me parece que a comunidade brasileira é uma das mais antenadas nestas questões de problemas de classificação e roteamento.
Tem coisas que os países mais desenvolvidos não se dão muito conta porque não se deparam diretamente talvez.
Senão se usa estas outras tags pra preferência em roteamento, pra quê ter as tags??
Usam os roteadores?
Precisam passar a usar?

Existem outras tags além de highway e elas devem ser usadas. Para o roteamento, imagino que as mais importantes sejam maxspeed, lanes e oneway. Um bom roteador deveria também calcular a curvatura da estrada e cruzar a informação do mapa com um modelo de elevação do terreno para calcular declividade, bem como considerar o número de cruzamentos, semáforos, placas de pare, lombadas, faixas de segurança e outras características. Alguns usam também informação de tráfego em tempo real para calcular a melhor rota.

Entretanto, para não perder o foco, eu gostaria de tentar restringir a discussão à tag highway, pois é a que gera o maior número de dúvidas. Para o roteamento, o mais importante é ter estabelecido que:

motorway > trunk > primary > secondary > tertiary > unclassified

Na Grã-Bretanha, não há dúvidas porque os termos usados correspondem exatamente à classificação oficial. Outros países podem ou não ter discutido a fundo o assunto. No Brasil, a classificação oficial usa outros termos, por isso a importância de se definir os critérios de correspondência.

Então,
se na BR116, na serra do RS, esta continuar trunk, e as duplicadas estaduais citadas puderem ficar como motorway, vai preferir rotear pelas estaduais, isso?
Também saindo de Curitiba a Porto Alegre, vai preferir uma 101 como motorway, duplicada, ao invés da 116 trunk não duplicada, isso?
Fica bom isso?

As duplicadas estaduais (ERS-240, ERS-122, RSC-453) não podem ficar como motorway porque têm cruzamentos em nível (vários, por sinal). Elas têm que permanecer trunk. Se a BR-116 ficar como trunk, o roteamento vai lhe dar preferência, para não passar pelo trecho primary da ERS-122 entre São Vendelino e Farroupilha. Já se a BR-116 ficar como primary, resolve o roteamento.

Acredito que a BR-376/BR-101/BR-290 sendo motorway, o roteamento deve-se dar por elas, e não pela BR-116, sendo ela trunk ou primary (pelo menos é o que espero).

Acho uma discussão inútil , querer transformar uma Rodovia Importante que liga o Brasil de norte a sul apenas para resolver problema de roteamento local , para mim continua como trunk.

A primeira sequência expressa importância. Não sou eu quem diz isso, é o wiki do OSM.

A segunda sequência expressa a situação. Não sou eu quem diz isso, é o DNIT.

Agora, o DNIT define o que é classificação de rodovias/estradas, com apenas três classes: urbana, rural, e vicinal.

Se forem equidistantes, talvez, e depende de outros fatores. De nada adianta a via ser duplicada e não ter acostamento, ou não ser sinalizada, ou ter uma série de interrupções ao longo do seu percurso. Há rodovias de pista simples que estão em bom estado e são plenamente seguras, e outras duplicadas em mau estado ou mal sinalizadas, ou onde o trânsito é intenso, e onde o risco de acidente é maior ou mesmo a fluidez do tráfego é comprometida por outros fatores.

Se introduzirmos um critério rígido relativo à estrutura física, podem ser incompatíveis sim. Vias não duplicadas cuja função é “troncal” terão sua classe rebaixada. Uma via passa a ser duplicada quando o governo dispõe de recursos para construir a segunda pista, quando a construção dessa pista tem retorno financeiro, e quando há espaço para construi-la (quando não há propriedades irregulares ao longo da estrada).

Se por “mapas oficiais” você se refere aos do DNIT, não vamos esquecer que uma característica ainda mais evidente nesses mapas do que a situação (estrutura física) é a diferença entre rodovias federais e estaduais. Se por “mapas oficiais” você se refere aos do DAER, eu perguntaria por que escolher esta fonte como oficial e não a outra, sendo que uma é regional e a outra é nacional.

O DNIT define “duplicada” como pista dupla, portanto, dividida, com pelo menos duas faixas por sentido. Ver seção 4.6 aqui.

Exemplos? O mapa do DNIT me sugere que o autor da proposta está correto. Além disso, o autor se referia ao resultado da aplicação da regra de 2013 ao OSM, que foi deixando o nosso mapa “vazio” em comparação com os vizinhos.

Pra carro e pra caminhão é pela BR-101. As etiquetas que devem constar nessa rodovia e nas demais, pra que o software possa adequadamente, são: highway, oneway, maxspeed, surface nos trechos não-pavimentados, e smoothness nos trechos em mau estado. Todo o resto a princípio é ignorado pra fins de roteamento (mas é usado pra outros fins).

O fato de ela ser duplicada em nada interfere no roteamento (nenhum sistema comercial faz esse tipo de avaliação). O roteamento em geral escolherá o caminho transitável mais rápido; se este caminho for por uma rodovia de pista simples, é o que será escolhido.

Trunk ou não, a rota deve ser pela ERS-122 porque é mais rápido ir por ela, independente do seu perfil físico (dado que está em boas condições). É mais rápido porque há menos curvas e menos áreas urbanas, portanto, menos reduções à velocidade média. O GraphHopper (que tem o dado da velocidade média real) escolhe a ERS-122. O OSRM não, mas, tendo mapeado maxspeed, a classe da via não importa pro OSRM.

Em ambas as rotas, falta mapear o limite de velocidade em vários trechos. Nesses trechos, o roteador pode estar assumindo uma velocidade acima ou abaixo do limite real, o que deve estar distorcendo o cálculo da rota.

Também falta mapear o limite de velocidade nesses trechos, o que leva o roteador a escolher a rota atual. Mas concordo com a mudança de classificação sugerida nesse trecho, considerando que o tráfego de passagem preferirá passar pela RS para encurtar o tempo de viagem, restando ao trecho da BR somente a função de circulação local.

Bem, uma classe deve ser atribuída. Qual função a via exerce no sistema?

Mas “importância” e “preferência para o roteamento” são a mesma coisa? Uma via pode ser desejável para certas rotas e não para outras, mas sua importância no contexto global permanece a mesma.

E isso nos faz divergir ainda mais daquilo que é praticado pelas outras comunidades mais ativas no OSM.

Do ponto de vista da classificação funcional, não necessariamente. Há vias do sistema intermunicipal atravessando áreas urbanas, e há áreas urbanas pequenas fora dos perímetros urbanos. Cidades e zona rural não são tão independentes, tudo está interligado.