Olhando o plano diretor, eu esperaria ver mais arteriais (as vias amarelas no seu desenho) em Serra e Guarapari. Mas vou me concentrar num problema mais específico que acho que é um exemplo da principal causa de discórdia: as estradas estaduais em leito natural ES-477 e ES-388 entre Amarelos, Village do Sol e Barra do Jucu.
Leito natural significa surface=earth, enquanto que implantada significa surface=compacted (em bom estado) ou surface=dirt (em mau estado). O ES tem rodovias (pavimentadas) e estradas em leito natural, mas não vejo no mapa do DNIT nenhuma estrada implantada. Ou seja, o contraste pavimentado/não-pavimentado é bem forte por aí.
Vamos comparar com o Amazonas. As principais estradas lá são todas implantadas ou pavimentadas.
No OSM-Carto não se está pensando em diferenciar os tipos de vias não-pavimentadas. Eu acho que isso poderia justificar a redução da classe, no caso das vias em leito natural, em um grau (primary > secondary, secondary > tertiary, etc.). Então as federais em leito natural seriam primary ao invés de trunk, e as estaduais em leito natural seriam secondary. Nos mapas comerciais do Amazonas, as estradas federais/estaduais em leito natural em geral estão ocultas (mesmo comportamento de diferentes highway=* em diferentes níveis de ampliação), e as estradas federais/estaduais implantadas são mostradas, mudando o estilo visual onde não são pavimentadas (mesmo comportamento do Humanitarian e futuramente do OSM-Carto).
No caso da 388, a parte construída dela em Vila Velha, que inclusive é pavimentada com asfalto, corresponde a uma via arterial classe 0 (a classe mais alta) projetada, e em Guarapari a parte construída corresponde a uma via arterial proposta. As prefeituras de ambos os municípios prevêm que ela se tornará uma arterial, ou seja, futuramente será secundária.
O método das melhores rotas que eu havia proposto classificaria as duas da forma que está hoje: a ES-477 como secundária por ser melhor rota entre place=village - Barro Branco - e place=suburb - Barra do Jucu, e a ES-388 como terciária por ser a melhor rota (provavelmente a única rota) entre os mesmos extremos e place=hamlet - Xuri. Se Xuri não existisse, ela seria unclassified.
O Here.com é particularmente interessante na região da Barra do Jucu porque ele diferencia visualmente as várias combinações de classe x pavimentação, que é o mesmo que a visualização Humanitária do OSM faz e é o que está se discutindo fazer no OSM-Carto.