Dados do IPPUC (Curitiba)

O IPPUC de Curitiba disponibiliza vários dados interessantes aqui: http://ippuc.org.br/geodownloads/geo.htm

Não há informação de licença no website, mas eu fui informado por email que “os dados são livres, basta apenas citar a fonte: IPPUC”. Portanto, antes de usar esses dados no OSM, é preciso listar o IPPUC na wiki e, de preferência, confirmar com o IPPUC que esta forma de citação é considerada satisfatória.

Para deixar registrado, anexo as mensagens trocadas com o IPPUC:

Eu já usei os dados para processar o novo KML com a regional Tatuquara,

Siga os passos deste tutorial: https://masalaofbits.blogspot.com.br/2017/06/convert-shapefile-to-kml-in-qgis.html

Legal! Que tipo de dados são? É só do Paraná ou tem do Brasil?

Opa, somente cwb

https://m.youtube.com/watch?v=EvKfsUAyqUA aq tem mais

Declaração de Cedência dos dados do IPPUC: https://wiki.openstreetmap.org/wiki/Curitiba/Importa%C3%A7%C3%A3o_IPPUC

O conjunto de dados Eixos de rua especifica dois parâmetros, NOINICIO e NOFIM, que me sugerem que é possível importar os endereços no formato de linhas interpoladoras, que é como eu penso em fazer em PoA e foi feito por exemplo em Buenos Aires. Estão pensando em fazer dessa forma, ou no esquema genérico de um ponto para cada lote/porta?

Diferente de PoA, esses dados em Curitiba não distinguem o lado da rua, que seria um trabalho extra (talvez simples). Ou a ideia é importar sem distinguir o lado?

(Não havia me inscrito no Fórum, e não sabia disso. Bem que a inscrição poderia se dar de forma automática quando alguém posta algo.)

A proposta é de se fazer um ponto para cada lote. Portanto não havendo distinção de lado por não ser interpolação.

(Acho que podemos manter esta discussão no Talk-BR)

Existe algum tipo de wiki site aonde disponibiliza as regras de classificacao para ruas e rodovias?
Trabalho com o OSM desde 2016, com foco em sistemas de navegacao (GPS), gostaria de corrigir erros em Curitiba, se for aceito pela comunidade brasileira.

Um abraco

A página de Curitiba no wiki do OSM tem uma cópia da classificação viária oficial, e clicando nela você acha a referência para a fonte (para o caso de estar desatualizada). Há várias cidades com hierarquia oficial publicada.

Na comunidade brasileira, há um acordo de que a classificação urbana deve aproximar a classificação funcional do plano diretor da melhor forma possível. Em Porto Alegre eu fiz a melhor aproximação que consegui nos municípios mais centrais e a comunidade aprovou. Se você observar com atenção, há diferenças entre a classificação do plano da Prefeitura e a do OSM, todas são devido a problemas encontrados ao fazer inspeção em campo e ao realizar testes de roteamento.

De forma geral, o que queremos é atribuir as classes viárias municipais às classes do OSM de modo que o sistema viário que interliga bairros (sistema arterial) seja secundário, o das principais vias de circulação dentro dos bairros (sistema coletor) seja terciário, e o das principais vias que interligam municípios grandes seja primário. A comunidade parece aberta a destacar algumas arteriais, talvez porque vários municípios façam distinção entre dois tipos de via arterial. Alguns municípios declaram que esse sistema diferenciado é importante para a tráfego intenso de veículos grandes e pesados. Em Curitiba, me parece fazer sentido tentar classificar os eixos estruturantes como primárias, particularmente as do tipo externa, juntamente com a Floriano Peixoto. Isso parece estar parcialmente feito no OSM, mas eu não tenho conhecimento detalhado pra argumentar sobre as diferenças (elas podem fazer sentido OU algumas podem estar incorretas). Também acho, sem analisar muito a fundo, que faz sentido pensar que as secundárias são as vias dos tipos funcionais principal e ligação metropolitana (a maioria classificadas também como setorial, prioritária e linhão), e que as coletoras incluem não só os tipos coletora 1, 2 e 3 mas também os tipos anel central e (estruturante) central.

O conjunto de dados Sistema Viário Classificado produz o mapa que a prefeitura chama (ou chamava) de Hierarquia de Mobilidade Viária - 2006 (segundo mapa que consta no nosso wiki), que possui tipos que não constam na lei do plano diretor (talvez sejam perfis físicos), enquanto que a classificação de mapas como Google Maps e Here.com se aproxima mais do mapa chamado Eixos de Estruturação Viária (o primeiro que consta no nosso wiki), que me parece representar uma classificação funcional, que seria mais desejável. Talvez a principal diferença entre os dois seja o entendimento de quais vias compõem um anel arterial em torno do centro, particularmente no cruzamento das ruas Roberto Barroso e João Gomes da Silva (e demais vias que compõem o binário). Elas certamente possuem a estrutura física para comportar a caracterização como vias arteriais, o que me sugere de novo que o primeiro mapa do wiki é o ideal, mas isso precisa ser analisado em detalhe e comparativamente com outras vias e casos particulares. O Waze está classificando várias vias coletoras como se fossem arteriais em Curitiba, o que (a meu ver) provavelmente não está muito certo.

Uma forma de verificar se a via cumpre a sua função planejada é fazer alguns testes de roteamento. A comunidade brasileira também tem mostrado uma tendência a evitar classificar vias não-pavimentadas e/ou muito estreitas como importantes em regiões em que a maioria das vias não tem esses problemas, é algo a considerar. Se a via não tiver esses problemas e os testes de roteamento apontarem que ela é preferida pra deslocamentos de longa distância, dificilmente há uma razão para rebaixar a sua classe. Outras coisas que normalmente são indesejáveis: um grande número de vias paralelas com uma classe alta (tertiary, secondary, primary, etc.; exceto binários), e a inversão entre a relação de importância de duas vias e a preferência de tráfego nos cruzamentos (em geral, classe mais alta implica ser preferencial). O primeiro caso costuma ser inevitável no centro de grandes cidades, e o segundo na periferia onde o sistema viário ainda está se desenvolvendo.

Se você realmente for se aprofundar neste assunto, sugiro que você entre no grupo de classificação viária no Telegram. O grupo tem se focado mais na classificação das rotas entre municípios (sistemas estadual e federal).

Entrei no grupo e definitivamente estarei na ativa com as conversas. Estava olhando Curitiba e notei erros de classificacao em vias que comecam como classificacao primaria e mudam para secundaria para conectar com uma terciaria. Vou procurar exemplos no OSM e comentar com o grupo para explicar melhor.

É bem possível que você seja a primeira pessoa a estar pensando na classificação viária da cidade como um todo. Uma razão pras discussões sobre classificação urbana serem raras é porque elas geralmente exigem conhecimento local - no caso, conhecimento da cidade toda. A maioria dos mapeadores só conhece bem a própria cidade, daí não se arrisca a dar pitaco sobre lugares que desconhecem.

Existe um usuário no OSM com nome igual ao seu usuário no fórum, mas ele nunca mapeou nada no Brasil. Sendo que você é novo aqui no fórum, pergunto: este usuário é seu? Vejo que você participa também do fórum argentino, que é uma das principais regiões para as quais você contribuiu até agora. Alterações de classificação à distância geralmente são consideradas má prática e poderão ser revertidas por usuários locais se discordarem. Mas se você visitar a cidade e coletar dados em campo, não tem problema.

Eu tenho feito a revisão/classificação inicial da seguinte forma e sugiro seguir um roteiro similar:

  • Olho o histórico de edições de vias que eu tenho certeza que estão classificadas incorretamente, e o histórico das vias principais, para me certificar de que o trabalho de classificação municipal ainda não foi feito por ninguém

  • Olho o wiki da cidade para saber se há algum mantenedor ativo e participativo na comunidade

  • Olho as contribuições recentes dos principais mapeadores locais pra ver se algum deles está concentrado no detalhamento do sistema viário; se sim, entro em contato

  • Transcrevo a classificação da prefeitura para uma camada separada no OSM; se houver dados conflitantes, faço anotações

  • Reviso olhando a imagem de satélite, fazendo mais anotações

  • Exporto como GPX (em geral separo as arteriais num GPX e as coletoras noutro), importo no OruxMaps, e faço survey das vias principais, coletando limites de velocidade, materiais de superfície, e eventuais deficiências (estreitamentos, inversão de preferência de tráfego, etc.)

  • Feito o survey, volto pro meu rascunho e faço as modificações que achar necessárias nele, complementado com testes de roteamento

  • Com certa frequência, esse processo precisa ser repetido pra sanar eventuais dúvidas; se a causa da dúvida for algo confuso na realidade, documento no changeset, e se for uma via muito importante (sistema secundário pra cima), documento no wiki também

  • Transcrevo pro OSM as principais informações que justificam as mudanças na classificação do sistema viário: material de superfície, estreitamentos (classificando como highway=alley), inversão de preferência (como highway=stop ou highway=give_way)

  • Faço as alterações na classificação viária

Note que eu não mexo na classificação sem ter feito survey.

Isso pode parecer envolver bastante trabalho, mas a qualidade do resultado final é excelente. Ignorar inicialmente as vias residenciais poupa mais de 90% do trabalho de descrever o sistema viário todo.

Eu desenvolvi essa metodologia em PoA e depois apliquei nos municípios vizinhos. Em PoA o mapeamento já progrediu detalhando as vias locais porque, sendo onde eu moro, é mais acessível pra mim.

sim o usuario no OSM e meu. trabalho com OSM de maneira comercial desde 2016. meu foco e melhorar o OSM com foco em sistemas de navegacao (GPS).