Da forma que está, o meu voto é contra.
Parece que ainda tem coisa solta.
O problema é ter no mapa padrão do OSM mais rodovias desenhadas?
Se for esse o problema, aqui https://github.com/gravitystorm/openstreetmap-carto/issues/1946#issuecomment-152999904 diz:
“The goal of osm-carto is not a map showing roads as prominent as e.g. Google Maps.”
Isso daqui é um mapa que usa os dados do OSM (podem conferir em https://www.mapquest.com/ )
https://i.imgur.com/wpOyiDn.png
Chega a ser poluído, de tanta rodovia que exibe.
Se o problema é ter rodovias visíveis, isso dá para resolver com um estilo.
O problema é que não existe classificação por hierarquia?
Se for este o problema então vamos aplicar uma classificação estritamente hierárquica em tudo, sem usar qualquer tipo de característica física:
A hierarquia de rodovias no Brasil é:
federal > estadual > municipal
Pode-se gerar:
trunk > primary > secondary para qualquer rodovia
Isso é, de fato, uma representação hierárquica de rodovia, sem utilizar critérios físicos.
Ou algum outro critério qualquer de hierarquia, independente da esfera responsável pela rodovia:
- se interliga estados, é trunk
- se interliga cidades, é primary
- se interliga distritos/vilas/bairros, é secondary
Querem classificar por hierarquia o Brasil ou classificar por “hierarquia” apenas uma exceção de rodovias?
O problema é resolver roteamento?
Que diferença faz a pessoa ir por uma rodovia qualquer asfaltada ou ir por uma BR asfaltada? Faz tanta diferença assim para quem dirige? (pessoalmente eu não acho)
Passar por uma estadual asfaltada é tão pior do que passar por uma federal asfaltada, com o mesmo limite de velocidade?
Existe tanto caso assim de roteamento “incorreto” que manda passar por outra rodovia?
O que acontece quando tiver uma rodovia estadual próxima, com características físicas ligeiramente melhores?
O roteador vai traçar a rota através da federal, por ser de classificação maior, mesmo tendo característica física pior?
Alterar as 5 rodovias para trunk vai resolver todo problema conhecido de roteamento, sem inserir novas falhas?
Muitos falam que a classificação proposta “é apenas a hierarquia; o roteador já tem tem o número de faixas, a superfície, velocidade máxima, etc” mas nenhum roteador trabalha exclusivamente com características físicas.
Desvincular totalmente a classificação das características físicas vai gerar novos tipos de problemas de roteamento.
O objetivo é representar a melhor rodovia da região?
A pessoa ao olhar o mapa deve entender que uma trunk “é o melhor caminho”, sem esperar qualquer tipo de garantia de qualidade da rodovia?
Ou seja, se ela utilizar qualquer outra rodovia, irá encontrar características/qualidades inferiores à essa com classificação maior?
Se for isso, esse critério também envolve características físicas.
O objetivo é representar a via de maior importância?
O que qualifica “importância” para essas 5 rodovias?
Escoam maior quantidade de carga? Maior número de veículos? Mais importantes do que outras por causa do que?
Porque são federais? Porque são a únicas opções de interligação entre os locais?
Vamos quantificar “importância” e aplicar em todo o Brasil, sem criar exceções.
Eu não gostaria de ter este tipo de diálogo com qualquer outro mapeador:
— Fulano, porque você alterou a classificação dessa BR pra trunk?
— É que eu vi a outra BR-X como trunk, e alterei essa para ficar igual.
— São só as 5 BRs mais importantes que devem ser trunk. Outras não.
— Mas porque? Essa daqui é importante também.
Já que vai gerar caos, que seja por mudanças que possam ser aplicadas no Brasil todo, sem gerar cada vez mais exceções.
Com os atuais critérios objetivos nós já temos pessoas que mapeiam e alteram as rodovias da forma que bem entendem; com critérios subjetivos e exceções teremos mais distorções (e cada vez mais exceções) ao longo prazo.