Tô estudando os textos que eu postei no início desse tópico, são centenas de páginas. E talvez a associação com as classes do OSM seja um bom assunto prum novo tópico.
Os exemplos que você colocou são dois extremos da classificação trunk. Sem contar que as condições da via não devem influenciar na classificação (exceto, claro se a via for totalmente abandonada e não é mais usada).
Isso.
Eu não quis mostrar uma estrada em pior condição do pavimento, mas só foi uma coincidência de cair nisso; a estrada atualmente possui asfalto melhor
O objetivo era mostrar a capacidade delas (uma com 4 e outra com 2 faixas).
Mesmo assim no caso das motorway podem existir diferenças gritantes de capacidade (BR-101 em SC e a Rodovia dos Bandeirantes). No caso das primary também, principalmente em meio urbano. Uma rodovia do tipo trunk pode ter 2, 3 ou 4 faixas. O que deve fazer dela uma trunk além disso são outros fatores como limitação nos acessos, velocidade, preferêncial…
Ok, parece que podemos seguir por dois caminhos agora:
investigar/propor uma classificação funcional que aproxime a classificação do DNIT; ou
atualizar/melhorar a recomendação atual com critérios ligeiramente diferentes.
Depois de toda essa discussão, o fluxograma precisa de no mínimo 1 alteração para estar correto: o termo “interseções” precisa ser mudado para “cruzamentos”. Afinal, qualquer encontro de duas vias (mesmo aqueles que não permitem atravessar a via principal, apenas ingressar nela) é uma interseção. Podemos compilar as principais diferenças entre as 3 propostas de classificação (do fbello, do Linhares e a minha) e abrir pra comunidade votar. Ou podemos antes investigar a classificação do DNIT.
Quando eu disse 2, 3 ou 4 faixas eu falo no número total. Existem vias de pista simples que possuem terceira faixa nas subidas. Um caso clássico é a Rodovia Régis Bittercourt na Serra do Cafezal, em Miracatu http://goo.gl/maps/iXaMV.
A menos que a convenção seja escolher a primeira classe que é 100% satisfeita na ordem que foi colocado, acho que tem duas situações ambíguas nessa proposta:
se a via é duplicada sem cruzamento em nível, ela pode ser tanto motorway quanto trunk
se a via é não-duplicada e com cruzamentos em nível, independente do resto, ela pode ser tanto trunk quanto primary
(Dúvida: A capacidade de fluxo da via depende de mais algum fator significativo além dos usados na decisão?)
Dá pra eliminar a ambiguidade dessa forma:
trunk, requisito: 2+ faixas/sentido com acostamento OU 3+ faixas/sentido sem acostamento
primária: 1 faixa/sentido com acostamento OU 2 faixas/sentido sem acostamento
Essa proposta (assim como a do fbello) envolve um conceito (novo) de que, na falta de um acostamento, uma das faixas de trânsito assume o mesmo papel no caso de uma emergência que exige que um veículo estacione. Vou chamar isso de faixa “emergencial”: uma faixa de trânsito OU um acostamento suficientemente largo para estacionar o veículo (pelo menos 2m de largura). Então a regra fica mais fácil de definir assim:
motorway: pavimentada, duplicada, sem cruzamentos em nível por longos percursos (quão longos? qual o espaçamento mínimo entre dois cruzamentos em nível para ser motorway?) (característica: o fluxo nunca pára)
trunk: pavimentada, 2 faixas/sentido de trânsito + 1 faixa/sentido “emergencial” (característica: é possível passar por veículos lentos sem entrar na mão contrária)
primária: pavimentada, 1 faixa/sentido de trânsito + 1 faixa/sentido “emergencial” (característica: ultrapassar veículos lentos exige entrar na mão contrária temporariamente)
secundária: pavimentada, apenas 1 faixa de trânsito que serve como “emergencial” (característica: uma emergência força todos os veículos a ultrapassar entrando na mão contrária)
terciárias: solo compactado, largura de 1+ faixas/sentido (característica: não-pavimentada que se mantém em bom estado)
locais (residenciais/não-classificadas): solo não-compactado (leito natural), qualquer largura
Existem primárias (rurais) não-pavimentadas que tenham acostamento ou mais de duas faixas por sentido?
O meu entendimento nesta proposta sempre foi priorizar a classificação mais alta.
Limitações no acesso é quando a via tem poucos acessos diretos das vias locais. Em geral usando uma via coletora paralela. Eu comentei sobre isso nos exemplos neste post aqui.