Motorways (autoestradas) vs trunks (expressas) vs primárias rurais

+1 Skippern. Lembro de ter falado com um finlandês (o Kytömma) que citou um sistema bem parecido na Finlândia, independente de características físicas. Mas no caso da Noruega, vocês tem a diferenciação entre Riksveg e Stamveg dada pelas fontes oficiais, certo?

Eu mapeio estradas em zona rural assim:

  • motorway: via duplicada sem cruzamento em nível
  • trunk: via duplicada, com cruzamentos em nível
  • primary: via pavimentada (não duplicada), com acostamento ou mais de uma pista por sentido
  • secondary: via pavimentada (não duplicada), sem acostamento e com apenas uma pista por sentido
  • tertiary: via implantada, sem pavimentação, porém compactada e larga
  • unclassified: via de leito natural, não compactada e estreita

Stamveg e um definição novo, que incluindo estradas do rede E (rede europeu que usam um ref comum pelo tudo europa, placas verde com borda branca), os estradas stamveg usam mesma placa sem o letra E (E-6 - rede europeu; 9 Stamveg 9)

Os definicoes no Noruega e independente do qualidade, tem mais com financiamento. Ai não sei que e o diferencia entre riskveg e stamveg, acho que os duas e financiado pelo mesmo fonte.

Geralmente os tipos mais baixo tem um qualidade menor, i.e. Komuneveg geralmente e mais estreita sem acostamento, Fylkesveg geralmente em pouco mais largo, e Riskveg geralmente tem acostamento

Antigo definição do Motorvei Klasse A e B fui um pouco mais complicado, Motorvei Klasse A e como nos conhecer motorway (auto-estrada), mas Motorvei Klasse B não necessariamente fava duplicada, e tinha as vezes cruzamento em nível.

Acho que maioria dos países no Europa Oxidental usando definições do estradas (financiamento, autoridade responsável, et al) para classificar as ruas.

Se adotamos este aqui no Brasil chegamos ao 3 níveis, municipal, estadual e federal.

Acho melhor adotar um definição que pode ser caracterizado pelo definições DNIT

+1
Acho esta proposta excelente!

Só acrescento que não precisamos ser rígidos. Principalmente na diferenciação de primary, secondary e tertiary. Pode ser que outros motivos como: estrada com muitas curvas, estrada com subidas íngremes, etc… influenciem mais do que a própria característica da via.

Na minha opinião, ficaria assim:

  • motorway:
    requisito - via duplicada sem cruzamento em nível, capacidade para grande fluxo de carros

  • trunk:
    requisito - via pavimentada, capacidade para grande fluxo de carros
    características desejadas - via duplicada
    aceitável - cruzamentos em nível

  • primary:
    requisito - com acostamento ou mais de uma pista por sentido
    características desejadas - via pavimentada

  • secondary:
    características desejadas - via pavimentada (não duplicada)
    aceitável - sem acostamento e com apenas uma pista por sentido

  • tertiary:
    *requisito *- via implantada,
    características desejadas - via compactada e larga
    aceitável - sem pavimentação

  • unclassified:
    aceitável - via de leito natural, não compactada e estreita

fbello, Linhares, para vocês uma via que não é duplicada mas que possui 2 faixas por sentido é igual uma via com 1 faixa por sentido?

Vocês estão igualando isso http://goo.gl/maps/KhWDz com isso http://goo.gl/maps/PyCKu

Pela definição de vocês as duas seriam primary da mesma forma, sendo que uma delas claramente apresenta maior capacidade de fluxo.
Notem também que a wiki em inglês diz que uma trunk não necessita ter as vias separadas.

Opa, muita calma nessa hora! :smiley:

Eu não disse que trunk tem que ter vias separadas. Eu disse que é desejável que ela tenha vias separadas. Aliás, fui eu mesmo quem citou a wiki em inglês.

Sobre o seus exemplos, os dois se encaixam na minha definição de primary. E só o primeiro na definição de trunk.
Então eu colocaria trunk e primary, respectivamente. :sunglasses:

É que o seu “requisito - com acostamento ou mais de uma pista por sentido” tem intersecção com trunk também.
Abre espaço para classificar uma coisa de 2 modos diferentes.
Não acha melhor relaxar um pouco menos os requisitos das duas, para deixar mais claro e não haver brecha para ambiguidade?

Pois é, a minha sugestão era justamente deixar mais ambíguo… :stuck_out_tongue:

Eu sei que não estou ajudando muito, mas acho importante definir algumas coisas como necessárias (os requisitos) e deixar outras livres. No fim das contas, quem passa por aquela estrada no dia a dia é que vai decidir. Isso que é legal no OSM!

Eu realmente não me incomodaria de ver aquele primeiro exemplo como primary. Desde que as outras estradas próximas tivessem classificação igual ou menor.

Mas se deixar ambíguo a gente vai discutir a mesma coisa daqui um tempo quando alguém tiver dúvida novamente :slight_smile:

:lol:

Vamos esperar até amanhã, então, pra ver se o pessoal nos ajuda!

Abraços, Linhares

Sim. Seriam exemplos extremos de primary. Eu concordo com o Linhares de que não é ruim que fique alguma ambiguidade. O exemplo que citaste fica em São Paulo, onde as estradas são muito boas. Se eu estivesse mapeando, classificaria a primeira como primary e a segunda como secondary. Se exatamente o mesmo exemplo fosse no Amazonas, eu classificaria-as como trunk e primary, o que seria mais compatível com a realidade local. São Paulo tem densidade populacional e atividade econômica muito maior que o Amazonas. O que é um fluxo de veículos extremamente intenso no Amazonas não é nada em São Paulo. Por isso, creio que seja possível flexibilizar as recomendações e mapear as duas rodovias de forma um pouco diferente nos dois estados. Essas definições devem ser RECOMENDAÇÕES (não estou gritando contigo; quero só que as outras pessoas vejam que estou enfatizando esse aspecto), e não normas rígidas. O importante é usar o bom senso. Se a pessoa está com múitas dúvidas, classifica como “road” e deixa para alguém com mais experiência no mapeamento da área classificar. Corrigir o traçado das rodovias e seus cruzamentos e colocar os tags adequados (name, ref, maxspeed, lanes, etc.) dá muito mais trabalho e é extremamente importante para melhorar a qualidade do mapa. A classificação toma muito menos tempo e pode ser discutida entre os mapeadores da área, em caso de dúvida. A classificação que eu uso é para o Rio Grande do Sul e, creio, a maioria dos estados. Pode-se ser mais rígido em São Paulo e menos na região Norte (onde, por exemplo, as secondary podem perfeitamente serem vias compactadas não pavimentadas de boa qualidade).

Mas uma via de mão simples e asfaltada não significa que ela é de grande fluxo no Amazonas. Só significa que é pouco utilizada :slight_smile:
A capacidade de uma via de mão simples lá é exatamente a mesma que uma de SP. Apenas a quantidade de veículos transitando que muda.
A gente está mapeando a capacidade, não o uso.

Mas se flexibilizar, vai haver classificações iguais para coisas diferentes.
Vai gerar muito “achismo” no mapa. O mapeador vai olhar, pensar “eu acho que é isso” e classificar como bem entender (já que os requisitos são flexíveis e permitem classificar entre uma categoria ou outra).

E como que fica a legenda em um caso desse? Como que uma legenda simples consegue explicar uma classificação abrangente?
Quem olhar a legenda vai pensar que essas duas vias do exemplo são a mesma coisa.

Isso é o que a gente deve evitar.
Tem que haver um padrão, que não gera ambiguidade nem para quem vai mapear nem para quem vai interpretar os dados.

Ok, se tem que ter um padrão, então:

  • motorway: via duplicada sem cruzamento em nível
  • trunk: via duplicada, com cruzamentos em nível
  • primary: via pavimentada (não duplicada), com acostamento ou mais de uma pista por sentido
  • secondary: via pavimentada (não duplicada), sem acostamento e com apenas uma pista por sentido
  • tertiary: via implantada, sem pavimentação, porém compactada e larga
  • unclassified: via de leito natural, não compactada e estreita

Esse questão, citada pelo fbello, do contexto regional é muito importante!

Por exemplo, no Jalapão todas as estradas são de terra. No entanto, temos diferentes classificações.
Vide OpenStreetMap e Mapa Ecológico. :sunglasses:

Abraços, Linhares

Mas o país inteiro vai ficar segmentado, com cada área tendo um significado diferente?

Do mesmo modo que a Europa! :wink:

Mas lá é um monte de país. Aqui a gente é um só! :slight_smile:

+1

Mesmo mapeadores locais discordam às vezes. Eu vivo discordando de um monte de gente aqui em Porto Alegre e no RS (e inclusive discordo da comunidade às vezes, o que não quer dizer que eu tente impor a minha visão mapeando do meu jeito). Se as nossas definições não forem claras, vamos acabar gastando muito tempo e energia com essas discussões. Elas podem ser claras de várias maneiras diferentes, não precisam usar aspectos estruturais da via. Podem usar os aspectos funcionais do DNIT. Ou podem seguir uma regra do tipo “se liga duas cidades com mais de 100 mil habitantes”. Mas o ideal é que a regra não permita “mais de uma classificação possível” porque isso gera discordância e leva a guerras de edição.

Por exemplo, digamos que você está numa situação onde há 2 possibilidades de classificação segundo a regra que você propôs. Você tem quase certeza que o certo é a opção (1), e muda a classificação da via assim. Daí outro usuário tem quase certeza que o certo é a opção (2), e muda a classificação de novo. Vocês discutem, e eventualmente alguém cansa e adota-se uma opção, digamos, a opção (1). Aí chega mais um usuário 3 meses depois achando que a opção certa é a (2) e muda a classificação da via de novo. O debate que você teve com o primeiro usuário você vai ter que ter de novo com o outro usuário. E daí chega um 4ª usuário que acha que a opção (1) é melhor e vai e mapeia de novo. E você tem que de novo falar com esse cara, recomeçando a discussão. Entende? Dessa forma o tempo gasto decidindo a classificação tende ao infinito.

Novamente: o bom senso de quem? Qualquer usuário pode sair alterando a classificação “sem tem dúvidas” (talvez por ignorância, talvez porque a comunidade não deu informação suficiente através da interface de um editor como o iD e o Potlatch). Quantos usuários temos? Quantos deles são novatos? Quantos deles estão lendo este tópico?

Concordo. Mas a classificação também é importante para a qualidade do mapa (só é menos importante).

Exato. Da mesma forma, os EUA são um país enorme e adota regras uniformes para todo o território. Assim como o Canadá, a Austrália, a Argentina, e até a Índia e a Rússia (vale à pena jogar no Google Translate e dar uma olhada rápida). Inclusive acabei de achar a votação de 2009 que definiu que vias devem ser classificadas por importância hierárquica na malha viária e não somente por características físicas (mas sabemos que essas características podem refletir a importância da via) e certamente não por outras características (como intensidade de comércio, turismo, etc.). Isso mostra claramente que esse assunto não é fácil pra ninguém, nós não somos uma exceção no mundo.

O sistema viário no Brasil é organizado por uma entidade só, o DNIT, então eu prefiro adotar convenções uniformes (não específicas para cada região) que reflitam a forma com que o DNIT classifica as vias (ainda estou estudando a forma deles).

+1

O DNIT deve ser o base de nosso classificacao, e usar tags que ja existem onde dar para evitar “criar tags que ninguem usar”