Motorways (autoestradas) vs trunks (expressas) vs primárias rurais

Quanto a pergunta pro Skippern sobre o DNIT, acho que é bem claro como que é dada a hierarquia por ele (DNIT):

Mapas como o Guia 4 rodas também funcionam basicamente da mesma maneira:

Pista simples
Pedágio
Pista dupla
Em obras de duplicação
Em obras de pavimentação
Rodovia em mal estado
Terra
Balsa

Com uma diferenciação (por cor ou padrão) de estrada com pedágio; peguei da legenda deles então a ordem não indica a hierarquia correta da mais importante para a menos.

Pra mim essa é a forma mais simples e é como está funcionando atualmente (com poucas alterações).
Só para reforçar:

  • motorway: via duplicada, ≥ 2 faixas por sentido, com separação central, pavimentada
  • trunk: ≥ 2 por sentido, sem separação central, pavimentada
  • primary: ≥ 1 por sentido, com acostamento, pavimentada
  • secondary: ≥ 1 por sentido, sem acostamento, pavimentada
  • tertiary: vias de importância local (municipais, por exemplo), sem pavimentação
  • unclassified: resto das vias rurais (que não são tracks), sem pavimentação

Não há qualquer distinção se a via é federal, estadual, municipal ou qualquer outra coisa (porque não faz diferença).
Se o problema for unicamente diferenciar o que é estadual de federal, isso é papel do renderizador.

Em principio concordo com estes definições, veja comentários em baixo onde tem diferencia

Trunks pode ter semáforos e cruzamentos, mas somente poucos, ou com transito insignificante. Motorway não ha semáforos, fluxo do transito sempre tem prioridade

Primarias pode ser duplicadas, mas tem mais semáforos, em geral cruzamento em nivel, etc

Eu nao definindo um regra especifica para secundarias, eles e do menor importâncias que primarias, pode ser mais estreita

Nao classificadas eu conciderando estradas não oficiais (não federais ou estaduais), pode ser municipais ou particular

Só acrescentando um detalhe: a diferença principal entre essas duas em área rural é pelo tipo de não-pavimentação. Terciárias seriam surface=compacted (é a mesma definição de “implantada” do DNIT), e as unclassified seriam surface=[qualquer outra coisa não-pavimentada] (geralmente surface=earth, que é a mesma definição de “leito natural” do DNIT).

Acrescentando no debate alguns países com uma comunidade mais ativa (e também alguns países vizinhos):

  • na Alemanha (usando o Google Translate no wiki do OSM), as trunks não têm cruzamentos em nível (não ficou claro pra mim qual é a diferença com as Autobahns mas é bem possível que a denominação oficial da via tenha mais peso do que as suas características mensuráveis)
  • na Rússia encontrei várias trunk (especialmente nas regiões mais remotas) que pela nossa classificação seriam primárias
  • no Uruguai, na Inglaterra e nos EUA, eles simplemente adotam uma classificação funcional publicada por algum órgão oficial (nos EUA é a FHWA que usa critérios como comprimento total, população das cidades pelas quais passa e a forma com que se conectam no resto da rede); nesses lugares podem haver trunks que pra nós seriam primárias
  • na Argentina e na Austrália, a classificação em trunk e motorway depende do órgão responsável por manter a rodovia (trunks são nacionais, primárias são estaduais/provinciais, secundárias são distritais/municipais, terciárias são outras vias conectando cidades - comuns na Austrália mas não na Argeni)
  • na França me parece que não estão se importando muito com as descontinuidades na classificação, e este artigo da Wikipédia cita que a distinção entre Autoroute (motorway) e Voie Rapide (trunk) é essencialmente jurídica (de fato, mesmo trunks em regiões bem remotas parecem ter todas as características típicas de motorways); me pareceu que as principais características são a divisão central (a classificação quase sempre muda quando a divisão some) e a velocidade alta (a classificação quase sempre muda ao passar por dentro de uma cidade, e muda de novo ao sair); pros outros tipos parece que também depende mais do órgão responsável pela via do que das características físicas da via

Se vai falhar sobre outros países, no Noruega (meu terra natal) tem estes definições:

  • Tertiary: Estradas Municipais (Komuneveg)
  • Secundary: Estradas Regionais (Fylkesveg)
  • Primary: Estradas Nacionais (Riksveg)
  • Trunk: Estrads Tronco (Stamveg/Risk-stamveg) o palacre stamveg traducindo direito ao ingles trunk-road
  • Motorway: autoestradas (Motorvei klasse A) antigamente tinha duas classes de auto-estrada, mas pelo que conheço so um que ainda e usado, o outro fui mapeada highway=trunk + motorroad=yes

O exprecao motorroad=yes chegou do Espanha onde e usado por definições por meia (primary+motorroad e entre primary e trunk, trunk+motorroad e entre trunk e motorway)

Agora vejam a contradição entre a realidade da Alemanha e da Rússia no uso das trunks. Talvez pra nós um sistema de classificação funcional similar ao da FHWA seja melhor. Pesquisando por classificação funcional feita no Brasil, achei isto (a tabela na seção 4 parece ter sido tirada daqueles documentos do DNIT no início desse tópico, vou ver melhor mais tarde). É quase certo que dá pra transformar essa tabela num conjunto mais simples de regras (similar ao fluxograma) e associar as 7 classes a classes do OSM.

+1 Skippern. Lembro de ter falado com um finlandês (o Kytömma) que citou um sistema bem parecido na Finlândia, independente de características físicas. Mas no caso da Noruega, vocês tem a diferenciação entre Riksveg e Stamveg dada pelas fontes oficiais, certo?

Eu mapeio estradas em zona rural assim:

  • motorway: via duplicada sem cruzamento em nível
  • trunk: via duplicada, com cruzamentos em nível
  • primary: via pavimentada (não duplicada), com acostamento ou mais de uma pista por sentido
  • secondary: via pavimentada (não duplicada), sem acostamento e com apenas uma pista por sentido
  • tertiary: via implantada, sem pavimentação, porém compactada e larga
  • unclassified: via de leito natural, não compactada e estreita

Stamveg e um definição novo, que incluindo estradas do rede E (rede europeu que usam um ref comum pelo tudo europa, placas verde com borda branca), os estradas stamveg usam mesma placa sem o letra E (E-6 - rede europeu; 9 Stamveg 9)

Os definicoes no Noruega e independente do qualidade, tem mais com financiamento. Ai não sei que e o diferencia entre riskveg e stamveg, acho que os duas e financiado pelo mesmo fonte.

Geralmente os tipos mais baixo tem um qualidade menor, i.e. Komuneveg geralmente e mais estreita sem acostamento, Fylkesveg geralmente em pouco mais largo, e Riskveg geralmente tem acostamento

Antigo definição do Motorvei Klasse A e B fui um pouco mais complicado, Motorvei Klasse A e como nos conhecer motorway (auto-estrada), mas Motorvei Klasse B não necessariamente fava duplicada, e tinha as vezes cruzamento em nível.

Acho que maioria dos países no Europa Oxidental usando definições do estradas (financiamento, autoridade responsável, et al) para classificar as ruas.

Se adotamos este aqui no Brasil chegamos ao 3 níveis, municipal, estadual e federal.

Acho melhor adotar um definição que pode ser caracterizado pelo definições DNIT

+1
Acho esta proposta excelente!

Só acrescento que não precisamos ser rígidos. Principalmente na diferenciação de primary, secondary e tertiary. Pode ser que outros motivos como: estrada com muitas curvas, estrada com subidas íngremes, etc… influenciem mais do que a própria característica da via.

Na minha opinião, ficaria assim:

  • motorway:
    requisito - via duplicada sem cruzamento em nível, capacidade para grande fluxo de carros

  • trunk:
    requisito - via pavimentada, capacidade para grande fluxo de carros
    características desejadas - via duplicada
    aceitável - cruzamentos em nível

  • primary:
    requisito - com acostamento ou mais de uma pista por sentido
    características desejadas - via pavimentada

  • secondary:
    características desejadas - via pavimentada (não duplicada)
    aceitável - sem acostamento e com apenas uma pista por sentido

  • tertiary:
    *requisito *- via implantada,
    características desejadas - via compactada e larga
    aceitável - sem pavimentação

  • unclassified:
    aceitável - via de leito natural, não compactada e estreita

fbello, Linhares, para vocês uma via que não é duplicada mas que possui 2 faixas por sentido é igual uma via com 1 faixa por sentido?

Vocês estão igualando isso http://goo.gl/maps/KhWDz com isso http://goo.gl/maps/PyCKu

Pela definição de vocês as duas seriam primary da mesma forma, sendo que uma delas claramente apresenta maior capacidade de fluxo.
Notem também que a wiki em inglês diz que uma trunk não necessita ter as vias separadas.

Opa, muita calma nessa hora! :smiley:

Eu não disse que trunk tem que ter vias separadas. Eu disse que é desejável que ela tenha vias separadas. Aliás, fui eu mesmo quem citou a wiki em inglês.

Sobre o seus exemplos, os dois se encaixam na minha definição de primary. E só o primeiro na definição de trunk.
Então eu colocaria trunk e primary, respectivamente. :sunglasses:

É que o seu “requisito - com acostamento ou mais de uma pista por sentido” tem intersecção com trunk também.
Abre espaço para classificar uma coisa de 2 modos diferentes.
Não acha melhor relaxar um pouco menos os requisitos das duas, para deixar mais claro e não haver brecha para ambiguidade?

Pois é, a minha sugestão era justamente deixar mais ambíguo… :stuck_out_tongue:

Eu sei que não estou ajudando muito, mas acho importante definir algumas coisas como necessárias (os requisitos) e deixar outras livres. No fim das contas, quem passa por aquela estrada no dia a dia é que vai decidir. Isso que é legal no OSM!

Eu realmente não me incomodaria de ver aquele primeiro exemplo como primary. Desde que as outras estradas próximas tivessem classificação igual ou menor.

Mas se deixar ambíguo a gente vai discutir a mesma coisa daqui um tempo quando alguém tiver dúvida novamente :slight_smile:

:lol:

Vamos esperar até amanhã, então, pra ver se o pessoal nos ajuda!

Abraços, Linhares

Sim. Seriam exemplos extremos de primary. Eu concordo com o Linhares de que não é ruim que fique alguma ambiguidade. O exemplo que citaste fica em São Paulo, onde as estradas são muito boas. Se eu estivesse mapeando, classificaria a primeira como primary e a segunda como secondary. Se exatamente o mesmo exemplo fosse no Amazonas, eu classificaria-as como trunk e primary, o que seria mais compatível com a realidade local. São Paulo tem densidade populacional e atividade econômica muito maior que o Amazonas. O que é um fluxo de veículos extremamente intenso no Amazonas não é nada em São Paulo. Por isso, creio que seja possível flexibilizar as recomendações e mapear as duas rodovias de forma um pouco diferente nos dois estados. Essas definições devem ser RECOMENDAÇÕES (não estou gritando contigo; quero só que as outras pessoas vejam que estou enfatizando esse aspecto), e não normas rígidas. O importante é usar o bom senso. Se a pessoa está com múitas dúvidas, classifica como “road” e deixa para alguém com mais experiência no mapeamento da área classificar. Corrigir o traçado das rodovias e seus cruzamentos e colocar os tags adequados (name, ref, maxspeed, lanes, etc.) dá muito mais trabalho e é extremamente importante para melhorar a qualidade do mapa. A classificação toma muito menos tempo e pode ser discutida entre os mapeadores da área, em caso de dúvida. A classificação que eu uso é para o Rio Grande do Sul e, creio, a maioria dos estados. Pode-se ser mais rígido em São Paulo e menos na região Norte (onde, por exemplo, as secondary podem perfeitamente serem vias compactadas não pavimentadas de boa qualidade).

Mas uma via de mão simples e asfaltada não significa que ela é de grande fluxo no Amazonas. Só significa que é pouco utilizada :slight_smile:
A capacidade de uma via de mão simples lá é exatamente a mesma que uma de SP. Apenas a quantidade de veículos transitando que muda.
A gente está mapeando a capacidade, não o uso.

Mas se flexibilizar, vai haver classificações iguais para coisas diferentes.
Vai gerar muito “achismo” no mapa. O mapeador vai olhar, pensar “eu acho que é isso” e classificar como bem entender (já que os requisitos são flexíveis e permitem classificar entre uma categoria ou outra).

E como que fica a legenda em um caso desse? Como que uma legenda simples consegue explicar uma classificação abrangente?
Quem olhar a legenda vai pensar que essas duas vias do exemplo são a mesma coisa.

Isso é o que a gente deve evitar.
Tem que haver um padrão, que não gera ambiguidade nem para quem vai mapear nem para quem vai interpretar os dados.

Ok, se tem que ter um padrão, então:

  • motorway: via duplicada sem cruzamento em nível
  • trunk: via duplicada, com cruzamentos em nível
  • primary: via pavimentada (não duplicada), com acostamento ou mais de uma pista por sentido
  • secondary: via pavimentada (não duplicada), sem acostamento e com apenas uma pista por sentido
  • tertiary: via implantada, sem pavimentação, porém compactada e larga
  • unclassified: via de leito natural, não compactada e estreita

Esse questão, citada pelo fbello, do contexto regional é muito importante!

Por exemplo, no Jalapão todas as estradas são de terra. No entanto, temos diferentes classificações.
Vide OpenStreetMap e Mapa Ecológico. :sunglasses:

Abraços, Linhares