Motorways (autoestradas) vs trunks (expressas) vs primárias rurais

  1. Em planejamento (highway=planned)
  2. Leitao natural (highway=* surface=unpaved)
  3. Em asfaltamento (highway=*)
  4. Asfaltada (highway=*)
  5. Em duplacao (highway=primary com highway=construction em paralela)
  6. Duplicada (highway=trunk)
    Realmente nao ha definição motorway no DNIT

Vou explicar tecnicamente em baixo, um estrada duplicada não necessariamente e um tipo maior, por isso, definição trunk pode morrer totalmente

O renderer não so ver os tags, mas também pode considerar linhas em paralelo, nos dentro areas, linhas que cruzam, e muito mais. Por isso depende do zoom level, a linha duplicada pode ser renderizada como duas linhas com branco em meia, mesmo como rodovias duplicada no mapa DNIT.

To em processo gerar um definição mapcss para rendericao do OpenStreetMap por definições Brasileiras, e ai vou tentar usar símbolos do mapa DNIT, pelo menus no zoom level baixos (i.e. <10), e crescer mais detalhas no zoom levels mais altas (estradas residenciais, edifícios, lojas, etc)

Assim, o resposta do seu pergunta e tecnicamente no renderizador, e não nos tags e definições do OSM.

Eu acho interessante separarmos a definição de cada tipo em requisitos e características desejáveis.

O **requisito **deve ser bem simples. E a parte do **desejável **pode ser bem ampla, inclusive com interseção com outros tipos de vias.

Abraços, Linhares

Mais produtivo do que a forma com que estamos conversando seria cada um dizer quais os critérios que usa para diferenciar as vias. Depois comparamos, escolhemos aquilo que é similar, e deixamos o que é diferente como critério “menos importante”.

Vou começar com a minha sincera opinião pessoal (que não é igual à que consta no fluxograma, apesar de eu estar aplicando-o). A idéia não é apontar o dedo e dizer “você está profundamente errado!” e sim dizer “eu penso diferente e faço desse outro jeito”. A idéia é tentar chegar a uma ordem de critérios por importância. Quem acompanha as discussões há bastante tempo sabe que eu fui mudando de opinião, e de forma alguma a opinião a seguir é definitiva. Eu acho que o ideal seria escolher a primeira classe a seguir cujas condições são satisfeitas para um determinado trecho de uma via:

  • Motorways: divididas, 2+ faixas por sentido, com acostamento, alta velocidade (80+ km/h). Pode ter trechos curtos em que uma dessas características não se verifica. Obrigatoriamente pavimentada sempre. Acho que faz sentido sim que a via tenha “controle de acesso”, algo que ainda precisamos definir claramente, mas também acho que avaliar o controle de acesso é complicado pro mapeador porque exige percorrer a via de um lado ao outro. (Mas por serem poucas essas vias, talvez seja viável compilar uma tabela de quais são motorways no país.) Penso que controle de acesso idealmente é apresentar faixas de aceleração/desaceleração para entrar e sair da rodovia, mas considerando que os sistemas viários brasileiros nem sempre são projetados corretamente, aceitaria considerar que o controle pode ser feito por quaisquer acessos que interceptam a via em ângulo aproximadamente paralelo (e não perpendicular). Não acho certo proibir quaisquer cruzamentos em nível, acho que faz mais sentido pensar que “não há mais de 1 cruzamento em nível a cada 100km” ou algo assim.

  • Trunks: com acostamento, alta velocidade (80+ km/h), 2 faixas por sentido sem divisão ou 1 faixa com divisão. Pode ter trechos curtos em que uma dessas características não se verifica. Obrigatoriamente pavimentada sempre. Por essa definição, praticamente todas as rodovias pavimentadas seriam no mínimo trunk, e áreas urbanas só teriam trunks ao se conectar com trunks das áreas rurais próximas (ou no caso raro de terem uma trunk municipal de alta velocidade que não se conecta com outras vias importantes/de grande porte).

Motivos para trunks e motorways: a divisão contribui para aumentar a segurança da via. O número de faixas contribui para a capacidade total da via. O ingresso e egresso paralelo à via contribuem para a capacidade e para a segurança. A alta velocidade indica que a via é considerada (oficialmente) segura e é um fator interessante para fazer trajetos longos em pouco tempo.

  • Primárias: obrigatoriamente velocidade reduzida (60 km/h ou menos) mas não baixa (40- km/h) por trechos longos (3+ km). Obrigatoriamente preferencial por trechos longos (3+ km) em área urbana. Essa definição pode ser mudada caso a caso de acordo com a classificação adotada pela autoridade de trânsito local (mas é necessário registrar a fonte oficial dos dados e discutir publicamente com outros mapeadores locais a respeito). Obrigatoriamente com acostamento em área rural, exceto talvez por trechos curtos.

Motivos: primárias urbanas permitem cobrir grandes distâncias em pouco tempo através da malha urbana (supondo um sistema projetado adequadamente). As primárias rurais nesse caso seriam muito semelhantes às urbanas quanto à capacidade de tráfego e é muito provável que essas vias se tornem primárias urbanas quando a área rural se urbanizar.

  • Secundárias: preferenciais urbanas por trechos menores (de 2 a 3 km) que se conectam a primárias e/ou outras secundárias nas extremidades (início e fim) mas não no meio. Tal como nas primárias, essa definição pode ser mudada caso a caso de acordo com a classificação adotada pela autoridade de trânsito local. Obrigatoriamente sem acostamento em área rural.

Motivos: apenas uma classe com características intermediárias. Em geral são bastante similares às primárias.

  • Terciárias: preferenciais urbanas por trechos ainda menores (de 1 a 2 km) que se conectam a primárias e/ou secundárias e/ou outras terciárias nas extremidades (início e fim) mas não no meio. Tal como nas primárias e secundárias, essa definição pode ser mudada caso a caso de acordo com a classificação adotada pela autoridade de trânsito local. Em área rural é a primeira classe de vias sem pavimentação, onde a superfície deve ser “solo compactado”, um tipo de “estrada de chão” que não se deteriora facilmente.

Motivos: é uma classe mais distante e mais próxima das vias locais.

  • Residenciais: as vias urbanas restantes cujos lotes lindeiros incluem pelo menos 1 residência por quarteirão. Podem ocorrer em área rural próximo a pequenas comunidades. Em área rural, a superfície não pode ser “solo compactado”.

  • Não-classificadas: as vias urbanas restantes sem lotes residenciais. Ocorrem normalmente em áreas industriais. Podem ocorrer em área rural em percursos desabitados. Em área rural, a superfície não pode ser “solo compactado”.

+1

Quanto a pergunta pro Skippern sobre o DNIT, acho que é bem claro como que é dada a hierarquia por ele (DNIT):

Mapas como o Guia 4 rodas também funcionam basicamente da mesma maneira:

Pista simples
Pedágio
Pista dupla
Em obras de duplicação
Em obras de pavimentação
Rodovia em mal estado
Terra
Balsa

Com uma diferenciação (por cor ou padrão) de estrada com pedágio; peguei da legenda deles então a ordem não indica a hierarquia correta da mais importante para a menos.

Pra mim essa é a forma mais simples e é como está funcionando atualmente (com poucas alterações).
Só para reforçar:

  • motorway: via duplicada, ≥ 2 faixas por sentido, com separação central, pavimentada
  • trunk: ≥ 2 por sentido, sem separação central, pavimentada
  • primary: ≥ 1 por sentido, com acostamento, pavimentada
  • secondary: ≥ 1 por sentido, sem acostamento, pavimentada
  • tertiary: vias de importância local (municipais, por exemplo), sem pavimentação
  • unclassified: resto das vias rurais (que não são tracks), sem pavimentação

Não há qualquer distinção se a via é federal, estadual, municipal ou qualquer outra coisa (porque não faz diferença).
Se o problema for unicamente diferenciar o que é estadual de federal, isso é papel do renderizador.

Em principio concordo com estes definições, veja comentários em baixo onde tem diferencia

Trunks pode ter semáforos e cruzamentos, mas somente poucos, ou com transito insignificante. Motorway não ha semáforos, fluxo do transito sempre tem prioridade

Primarias pode ser duplicadas, mas tem mais semáforos, em geral cruzamento em nivel, etc

Eu nao definindo um regra especifica para secundarias, eles e do menor importâncias que primarias, pode ser mais estreita

Nao classificadas eu conciderando estradas não oficiais (não federais ou estaduais), pode ser municipais ou particular

Só acrescentando um detalhe: a diferença principal entre essas duas em área rural é pelo tipo de não-pavimentação. Terciárias seriam surface=compacted (é a mesma definição de “implantada” do DNIT), e as unclassified seriam surface=[qualquer outra coisa não-pavimentada] (geralmente surface=earth, que é a mesma definição de “leito natural” do DNIT).

Acrescentando no debate alguns países com uma comunidade mais ativa (e também alguns países vizinhos):

  • na Alemanha (usando o Google Translate no wiki do OSM), as trunks não têm cruzamentos em nível (não ficou claro pra mim qual é a diferença com as Autobahns mas é bem possível que a denominação oficial da via tenha mais peso do que as suas características mensuráveis)
  • na Rússia encontrei várias trunk (especialmente nas regiões mais remotas) que pela nossa classificação seriam primárias
  • no Uruguai, na Inglaterra e nos EUA, eles simplemente adotam uma classificação funcional publicada por algum órgão oficial (nos EUA é a FHWA que usa critérios como comprimento total, população das cidades pelas quais passa e a forma com que se conectam no resto da rede); nesses lugares podem haver trunks que pra nós seriam primárias
  • na Argentina e na Austrália, a classificação em trunk e motorway depende do órgão responsável por manter a rodovia (trunks são nacionais, primárias são estaduais/provinciais, secundárias são distritais/municipais, terciárias são outras vias conectando cidades - comuns na Austrália mas não na Argeni)
  • na França me parece que não estão se importando muito com as descontinuidades na classificação, e este artigo da Wikipédia cita que a distinção entre Autoroute (motorway) e Voie Rapide (trunk) é essencialmente jurídica (de fato, mesmo trunks em regiões bem remotas parecem ter todas as características típicas de motorways); me pareceu que as principais características são a divisão central (a classificação quase sempre muda quando a divisão some) e a velocidade alta (a classificação quase sempre muda ao passar por dentro de uma cidade, e muda de novo ao sair); pros outros tipos parece que também depende mais do órgão responsável pela via do que das características físicas da via

Se vai falhar sobre outros países, no Noruega (meu terra natal) tem estes definições:

  • Tertiary: Estradas Municipais (Komuneveg)
  • Secundary: Estradas Regionais (Fylkesveg)
  • Primary: Estradas Nacionais (Riksveg)
  • Trunk: Estrads Tronco (Stamveg/Risk-stamveg) o palacre stamveg traducindo direito ao ingles trunk-road
  • Motorway: autoestradas (Motorvei klasse A) antigamente tinha duas classes de auto-estrada, mas pelo que conheço so um que ainda e usado, o outro fui mapeada highway=trunk + motorroad=yes

O exprecao motorroad=yes chegou do Espanha onde e usado por definições por meia (primary+motorroad e entre primary e trunk, trunk+motorroad e entre trunk e motorway)

Agora vejam a contradição entre a realidade da Alemanha e da Rússia no uso das trunks. Talvez pra nós um sistema de classificação funcional similar ao da FHWA seja melhor. Pesquisando por classificação funcional feita no Brasil, achei isto (a tabela na seção 4 parece ter sido tirada daqueles documentos do DNIT no início desse tópico, vou ver melhor mais tarde). É quase certo que dá pra transformar essa tabela num conjunto mais simples de regras (similar ao fluxograma) e associar as 7 classes a classes do OSM.

+1 Skippern. Lembro de ter falado com um finlandês (o Kytömma) que citou um sistema bem parecido na Finlândia, independente de características físicas. Mas no caso da Noruega, vocês tem a diferenciação entre Riksveg e Stamveg dada pelas fontes oficiais, certo?

Eu mapeio estradas em zona rural assim:

  • motorway: via duplicada sem cruzamento em nível
  • trunk: via duplicada, com cruzamentos em nível
  • primary: via pavimentada (não duplicada), com acostamento ou mais de uma pista por sentido
  • secondary: via pavimentada (não duplicada), sem acostamento e com apenas uma pista por sentido
  • tertiary: via implantada, sem pavimentação, porém compactada e larga
  • unclassified: via de leito natural, não compactada e estreita

Stamveg e um definição novo, que incluindo estradas do rede E (rede europeu que usam um ref comum pelo tudo europa, placas verde com borda branca), os estradas stamveg usam mesma placa sem o letra E (E-6 - rede europeu; 9 Stamveg 9)

Os definicoes no Noruega e independente do qualidade, tem mais com financiamento. Ai não sei que e o diferencia entre riskveg e stamveg, acho que os duas e financiado pelo mesmo fonte.

Geralmente os tipos mais baixo tem um qualidade menor, i.e. Komuneveg geralmente e mais estreita sem acostamento, Fylkesveg geralmente em pouco mais largo, e Riskveg geralmente tem acostamento

Antigo definição do Motorvei Klasse A e B fui um pouco mais complicado, Motorvei Klasse A e como nos conhecer motorway (auto-estrada), mas Motorvei Klasse B não necessariamente fava duplicada, e tinha as vezes cruzamento em nível.

Acho que maioria dos países no Europa Oxidental usando definições do estradas (financiamento, autoridade responsável, et al) para classificar as ruas.

Se adotamos este aqui no Brasil chegamos ao 3 níveis, municipal, estadual e federal.

Acho melhor adotar um definição que pode ser caracterizado pelo definições DNIT

+1
Acho esta proposta excelente!

Só acrescento que não precisamos ser rígidos. Principalmente na diferenciação de primary, secondary e tertiary. Pode ser que outros motivos como: estrada com muitas curvas, estrada com subidas íngremes, etc… influenciem mais do que a própria característica da via.

Na minha opinião, ficaria assim:

  • motorway:
    requisito - via duplicada sem cruzamento em nível, capacidade para grande fluxo de carros

  • trunk:
    requisito - via pavimentada, capacidade para grande fluxo de carros
    características desejadas - via duplicada
    aceitável - cruzamentos em nível

  • primary:
    requisito - com acostamento ou mais de uma pista por sentido
    características desejadas - via pavimentada

  • secondary:
    características desejadas - via pavimentada (não duplicada)
    aceitável - sem acostamento e com apenas uma pista por sentido

  • tertiary:
    *requisito *- via implantada,
    características desejadas - via compactada e larga
    aceitável - sem pavimentação

  • unclassified:
    aceitável - via de leito natural, não compactada e estreita

fbello, Linhares, para vocês uma via que não é duplicada mas que possui 2 faixas por sentido é igual uma via com 1 faixa por sentido?

Vocês estão igualando isso http://goo.gl/maps/KhWDz com isso http://goo.gl/maps/PyCKu

Pela definição de vocês as duas seriam primary da mesma forma, sendo que uma delas claramente apresenta maior capacidade de fluxo.
Notem também que a wiki em inglês diz que uma trunk não necessita ter as vias separadas.

Opa, muita calma nessa hora! :smiley:

Eu não disse que trunk tem que ter vias separadas. Eu disse que é desejável que ela tenha vias separadas. Aliás, fui eu mesmo quem citou a wiki em inglês.

Sobre o seus exemplos, os dois se encaixam na minha definição de primary. E só o primeiro na definição de trunk.
Então eu colocaria trunk e primary, respectivamente. :sunglasses:

É que o seu “requisito - com acostamento ou mais de uma pista por sentido” tem intersecção com trunk também.
Abre espaço para classificar uma coisa de 2 modos diferentes.
Não acha melhor relaxar um pouco menos os requisitos das duas, para deixar mais claro e não haver brecha para ambiguidade?

Pois é, a minha sugestão era justamente deixar mais ambíguo… :stuck_out_tongue:

Eu sei que não estou ajudando muito, mas acho importante definir algumas coisas como necessárias (os requisitos) e deixar outras livres. No fim das contas, quem passa por aquela estrada no dia a dia é que vai decidir. Isso que é legal no OSM!

Eu realmente não me incomodaria de ver aquele primeiro exemplo como primary. Desde que as outras estradas próximas tivessem classificação igual ou menor.

Mas se deixar ambíguo a gente vai discutir a mesma coisa daqui um tempo quando alguém tiver dúvida novamente :slight_smile:

:lol:

Vamos esperar até amanhã, então, pra ver se o pessoal nos ajuda!

Abraços, Linhares