O título já está errado. Trunk não é via expressa. Motorway é via expressa. Trunk é via troco, com capacidade de dar vazão a um grande número de veículos.
A diferença entre motorway e trunk é simples: motorway não tem cruzamento em nível. Nunca.
A diferença entre trunk e primary não é tão gritante, mas não é difícil. O objetivo de uma trunk é ser uma rota de alta capacidade de escoamento de veículos. Isso implica, necessariamente, em ter, no mínimo, duas pistas de rolamento por sentido. Se há só uma pista, o transito tranca. Quem não sabe isso nunca dirigiu com um caminhão na frente. Para que se tenha muito transito fluindo em alta velocidade, por questões de segurança, é necessário algum tipo de barreira física que impeça ou reduza significativamente o risco de um veículo invadir a pista no sentido oposto. Por isso, para ser classificada como trunk, uma rodovia deve ter divisão entre as pistas nos dois sentidos. Em zona rural, é isso: rodovia com, no mínimo, duas pistas por sentido, com barreira física entre pistas em sentidos opostos. Motorway é a mesma coisa, sem cruzamento em nível.
Em zona urbana, pode haver algum confundimento. Em cidades grandes (São Paulo ou Porto Alegre), duas pistas por sentido podem não ser suficiente. Acredito que é aí que a discussão deve manter o foco.
Comprimento mínimo de via é ridículo. Se for estabelecido o limite de 100 km, nunca haverá rodovia trunk entre Bento Gonçalves e Caxias do Sul, nem que construam uma rodovia com 20 pistas em cada sentido.