[RS] Reclassificação de rodovias no Rio Grande do Sul

Mas se quem for atravessar tem que parar, qual a diferença que isso implica na via?
Eu não vejo nenhuma.

Sobre o ponto de acesso restrito, eu concordo com o fbello de que este é um pré-requisito para motorway.

Quanto ao tamanho mínimo da trunk, acho interessante para não ter uma via toda recortada em diferentes classificações. Só que não deve ser pré-requisito que ela se conecte a outras trunk.

Abraços, Linhares

Acho que faz quase nenhuma diferença pra quem usa e/ou atravessa a via. Faz mais diferença para quem planeja o sistema rodoviário porque acaba limitando um pouco a capacidade máxima da via e porque tem mais chance de acidentes (comparado com motorways bem projetadas, com longas faixas de aceleração e desaceleração nas suas entradas e saídas).

De qualquer forma, uma capacidade menor pode indicar que a via é menos “importante” porque comporta menos tráfego.

Pra pedestres e ciclistas, tanto motorways quanto trunks (independente da definição) são particularmente difíceis de usar e de atravessar. Pra eles provavelmente o maior fator nem é a classificação da via e sim o tipo de separação central (defensas e muretas tornam a travessia muito perigosa). Pelo menos em motorways essa travessia poderia ser feita num nível separado, mas os entroncamentos costumam estar tão distantes um do outro que não sei se realmente faz muita diferença (se estariam dispostos a andar tanto só pra atravessar a via).

Qual tamanho mínimo você acha que seria razoável? O Gabriel (na talk-br) acha que 300km seria bom. Eu acho que uns 100km já seria bom.

Eu também prefiro o valor menor para não ser muito rígido. Se as estradas melhorarem daqui alguns anos, aumenta-se o valor.

Essa questão do risco de acidente eu considero o ponto principal! Viajar numa rodovia como a Dutra (Rio-São Paulo) é muito mais seguro do que viajar em uma pista com algum tipo de cruzamento.

Abraços, Linhares

Sobre a questão de retorno em nível, estes são muito comuns em motorways no Reino Unido (acabei de passar por uma esta semana). Retorno em nível não é um cruzamento, os veículos que retornam não cruzam com os veículos da principal. Eles acessam a via por faixas separadas, exatamente como se fosse uma alça de viaduto.

Portanto não vejo porque um retorno em nível desclassificaria uma via como motorway.

Tamanho mínimo para ser trunk? Sugiro 5 km. São raras as rodovias no Brasil que tem formatos uniformes por mais de 10 km.

+1

Mas digamos que as pequenas variações fossem ignoradas (absorvidas), mesmo assim 5km já seria o bastante? Por exemplo, na rodovia entre Farroupilha e Caxias do Sul, teríamos um trecho de 5,7 km com características de trunk (exceto pela velocidade baixa próximo ao pedágio que fica bem no meio do caminho).

Bem, vamos discutir sobre as condições que diferenciam as trunks neste outro tópico e, quando tivermos chegado a uma decisão mais concreta, daí voltamos pros casos particulares no RS.

Sim. Exatamete estruturas como essa. Uma motorway é uma via expressa, e não comporta esse tipo de cruzamento, atravessando a rodovia inteira. É exatamente essa a diferença entre motorway e trunk. A BR-116, entre Porto Alegre e Novo Hamburgo tinha dois cruzamentos: a Unisinos e o acesso a Sapucaia do Sul. O primeiro já foi resolvido e o segundo está em construção (não passei lá hoje; talvez esteja pronto :)). Assim, a BR-116 é motorway, visto que é impossível (se bem que tem louco para tudo) atravessá-la de carro. A RS-240/RS-122 é bem diferente, tendo muitos pontos onde o cruzamento de vias existe.

O limite de tamanho de 300km é surreal. Talvez faça sentido na Amazonia, mas a Serra Gaúcha inteira não tem 300km. Concordo em não ficar mudando de classificação a cada 200m, mas a ligação entre Caxias do Sul e Farroupilha É uma trunk. Eu passo nela quase toda semana. Ela conecta quatro cidades com um total de 200 mil habitantes a uma cidade com mais de 400 mil. É duplicada, com canteiro central e é um alívio quando entro nela, pois finalmente posso passar a tripa de caminhões que fica trancando a rodovia de Bento a Farroupilha. Não concordo com colocar comprimento mínimo de via para trunk, a menos que seja algo da ordem de 1 km ou menos. Mesmo assim, sou contra formalizar esse limite e acho que devemos usar o bom senso.

O bom senso de quem? Está muito claro que cada pessoa tem um “senso” bem diferente, você não pode achar que só o seu senso é “bom”. :wink:

O que cada pessoa tem na verdade são premissas diferentes. Ninguém definiu o que é trunk direito, e o que eu gostaria é de tentar definir. Uma vez feito isso podemos começar a discutir as situações particulares em que fugir da definição seria “bom senso”. Mas vamos discutir sobre isso no outro tópico, e aqui somente coisas relativas ao RS (só faz sentido continuar a discussão sobre o RS quando a discussão no outro tópico chegar a conclusões sólidas).

Double-post necessário.

Acho que o fbello precisa comentar melhor os seus changesets. Também acho que deveria ter esperado a gente terminar a discussão.

Fbello, você está impondo a sua visão e pedindo uma guerra de edições!

Apenas coloquei as coisas do jeito que estavam antes da discussão.

Rebaixei a classificação de trunk na BR-386 entre Fazenda Vilanova e Estrela, que não é duplicado, nem será em breve, e que tem apenas 1 faixa/sentido, com acostamento.

Ok. Não conheço o local, mas pela tua descrição soa como primary.

Compilei a lista de trechos duplicados das rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul do MT e do DAER e coloquei no wiki, em https://wiki.openstreetmap.org/wiki/WikiProject_Brazil/RS/Rodovias_Federais#Trechos_duplicados e http://wiki.openstreetmap.org/wiki/WikiProject_Brazil/RS/Rodovias_Estaduais#Trechos_duplicados, para facilitar a identificação das motorway e trunk. Não são muitos.

Vou olhar amanhã em detalhe. Mas tem coisas que não fecham exatamente com o que andamos discutindo no OSM.

Estou repensando as trunks de Caxias do Sul. Eu não concordo que os trechos urbanos (em Caxias e em Farroupilha) possam ser classificado como trunk, mesmo que apresentem as mesmas estruturas que o restante da via. São trechos de baixa velocidade e que funcionam como arteriais urbanas, que normalmente são primary. Se você quiser deixar os trechos não-urbanos (onde começa a alta velocidade) como trunk, ok, mas dentro da cidade não faz sentido pra mim. Faria se fossem de alta velocidade ou se se conectassem a outras trunk/motorway. E na verdade incluir esses trechos na classificação como trunk também não está de acordo com o atual fluxograma.

Não são apenas arteriais urbanas. A rodovia te permite atravessar Farroupilha sem entrar na cidade e sem parar.