Grudar área na linha, ou não grudar?

Eis a resposta. Traduzindo:

Meus dois centavos: você grudaria a referida área na área da via, caso esta fosse mapeada. Mas não mapeamos a área da via por simples costume, hoje é permitido mapear mas ninguém o faz. Então, no dia que você mapeasse a área da via, teria que desgrudar todas as áreas, o que seria um trabalho imenso. Além disso, com a área grudada na via, fica complicado incluir coisas como calçadas depois.

Tem uma discussão acalorada a esse respeito acontecendo na lista osm-talk (internacional) nesse instante.

Eu acho que em breve as vias serão mapeadas com área.

Por enquanto, eu faço o que você sugeriu: deixo a lacuna entre a área e a via. Contudo, se forem duas áreas adjacentes, eu aproveito os pontos da interseção.

Abraços, Linhares

+1

Como que se mapeia a área da via?

Pelo que pesquisei, é usando *area:highway=*.
Olha, não é uma idéia ruim não, só quero clarificar que não é algo que tenha a intenção de substituir highway=
(que foi o que entendi inicialmente).

Eu não faço idéia de qual é a tag certa, não tenho a pretensão de mapear a área de nenhuma via - teria pouquíssima utilidade e daria um trabalho imenso. :stuck_out_tongue:

As únicas áreas de vias que mapeei foram plazas: highway=pedestrian + area=yes.

Às vezes objetos realmente compartilham um limite. Por exemplo, se a área das ruas fosse mapeada, então tudo que a gente mapeia “dentro da quadra” como uma via separa passaria a compartilhar nós com o polígono highway:area (mas há vários outros exemplos dessa situação que já acontecem na prática). O que fazer nesse caso, para não criar vias superpostas?

A única alternativa que eu vejo levaria a um proliferamento de relações.

Nesses casos mais extremos (dos quais estamos bem longe ainda), eu acho que teríamos que escolher em que condições fazer duas áreas compartilharem uma borda sem relações (simplesmente compartilhando os pontos) ou com relações. Calculei uma vez (e guardei o cáculo) que vale à pena transformar e relações só quando 20 ou mais pontos em sequência são compartilhados entre duas áreas adjacentes.

Mas talvez a comunidade tenha deixado esse debate pra depois justamente porque não é necessário/útil mapear a área das vias ainda e porque teria um problema de infraestrutura: o número de pontos ia quase triplicar na base de dados porque:

  • a maioria dos objetos são vias
  • você não pode descartar o eixo da via mesmo que exista a área
  • para mapear a área, você essencialmente replica a via mais duas vezes, uma para cada lado; ou seja, cada ponto vira 3 (exceto nos cruzamentos, por isso não chega bem a triplicar o volume)

Pior, se alguém decidir mapear a área das calçadas (já que as calçadas também são vias), o que hoje é 1 ponto amanhã seriam (quase) 5.

Realmente, deve ter um limiar onde passa a fazer sentido usar relações. Eu ia mapear os landuse=residential que brotaram dentro do parque Saint Hilaire, mas fiquei em dúvida sobre isso: quebrar tudo em relações ou usar vias sobrepostas.

Mais um motivo para não grudar nada na linha das vias de trânsito: o histórico de alterações da área passa a ter uma nova entrada para cada mexida na geometria da via. Ou seja, o histórico passa a registrar alterações que pouco têm a ver com a área em si.

(Meio frustrado porque um usuário grudou um monte de praças, escolas e áreas residenciais em vias de trânsito aqui em Porto Alegre e ninguém se prontificou a desfazer, nem o próprio autor da “arte”, e agora eu tenho que parar tudo pra desfazer antes que esse estilo inspire outras pessoas em outros lugares…)

As linhas precisariam continuar, para o roteamento.

plaza = praça

Eu também sou um “artista”. Vou ver se adultero a obra já já!

No linguajar do OSM (que eu vi sendo usado nas listas internacionais), um “plaza” (em inglês) geralmente é uma praça inteiramente pavimentada, com nenhuma ou quase nenhuma vegetação. Se aproxima ao verdadeiro conceito brasileiro de calçadão. Por esse motivo, as praças são mapeadas como “parques”: porque são uma ilha de natureza no meio do espaço urbano. E por isso que os plazas são mapeados como áreas para trânsito de pedestre (area=yes+highway=pedestrian): porque é essencialmente o que são. As praças costumam ter caminhos bem definidos no seu interior, enquanto que os plazas são essencialmente caminhos bem amplos (onde é até difícil/subjetivo definir um eixo transitável útil ao roteamento).

Exemplo de plaza: Largo Glênio Peres

Exemplo de praça: Praça XV de Novembro (logo em frente)

A Wikipédia traz exemplos bem parecidos.

No Rio, esse misto de calçadão e praça é chamado de “Largo”.
Por exemplo o Largo da Carioca:

Abraços, Linhares