Tradução dos valores para Key:surface

Só explicando: os valores de surface aparecem na caixa de seleção da tag surface, tanto no iD quando no OSM. Se tiver dois valores exatamente iguais, o usuário não vai saber qual escolher. Além de fazê-lo questionar a qualidade do sistema, se enfim ele decidir escolher qualquer um, o programa vai transformar um valor “terra” em “dirt” e outro valor “terra” em “earth”. O resultado seria um mapa com esses dois valores misturados aleatoriamente.

Se preferimos um valor, o melhor é que esse tenha a tradução que seria mais escolhida, e o outro seja algo talvez estranho, que o usuário desconheça ou não usaria normalmente.

Eu penso — acho que como o Fernando Trebien — que os termos rejeitados que forem mais “razoáveis” devem constar na referência, sinalizados para fins de registro.

Considero ter sido respondido em todas as questões e, no geral, concordo. Não tenho o que reclamar, apenas ainda poderei fazer um “comentário” aqui e ali. Eu quis trazer as ideias “para ver como seriam recebidas” por outras pessoas. Tive minhas expectativas confirmadas e acho que, no final, é isso mesmo. Eu já sabia que não tinha o que contra-argumentar; eu quis ver o nosso senso concretizado e registrá-lo em tópico, quem sabe na referência. O fórum ainda não tinha discutido a respeito desse assunto.

Comentários

paving_stones:30 ou paving_stones:20 somente são intertravados quando hexagonais ou não quadrados, não retangulares. Mas no final das contas, eu não sou "contra"o que foi dito.

Eu já usei dirt para uma trilha que tinha muita sujeira e entulho, pelo menos num pedaço. Ficou errado?

Se não for marca, penso que Pisograma fica melhor.

Quando eu fiz uma escolha tal como “Seixo” ou “Compactado”, de única palavra, foi enxergando a tabela como um todo.

A respeito do Tartan, “Superfície atlética de poliuretano” poderia constar na referência como termo rejeitado (similar etc.).

As ideias para o DecoTurf, eu tentei derivar do entendimento breve que tive das introduções aos artigos DecoTurf, Rebound Ace e Plexicushion.

Todas as sugestões partiram apenas do meu automatismo de traduções das noções. Está tudo OK se nenhuma for aceita. Eu quis apenas dizer a vocês que algumas dessas ideias existem pelo menos em mim.

Penso que coisas como cobblestone:flattened devem constar na referência como “não se mapeia”, algo assim.

Entendi.
Então, que tal deixar earth sem traduzir por enquanto? O ideal, claro, seria retirá-la da lista.

Quanto às fotos, a de ground está perfeita. Concordo com a tradução de “superfície natural”.
A de cascalho também é exatamente o que eu estava falando quando me referia à maioria das estradas. Eu marcaria como dirt. E você?
A estrada que você mostrou como “Dirt road” eu marcaria como compacted, mas entendo que os gringos chamem de “dirt roads” porque é hábito deles chamar estrada de terra de “dirt road”. Você marcaria com qual tag?

Também concordo quanto a deixar na referência os termos rejeitados. :smiley:

Sim. A tag surface diz respeito ao que estava embaixo do lixo! :stuck_out_tongue:

Alexandre, muito bom você ter trazido esta discussão!

Abraços, Linhares

Penso que o ideal é a referência ter todas as entradas, mesmo sem correspondência. Com alguma observação.

Na realidade, eu já estava muito satisfeito com “Brita” e “Brita fina”.

Em bairros ainda sem pavimentação, é comum a estrada de terra ter pedaços de tijolo, cacos de cerâmica, torrões de cimento. Foi isso que eu chamei de dirt.

Na zona rural, uma estrada de barro pode ser de grão fino, como uma areia fina vermelha, formando “costelas de vaca”. Mas a estrada de barro também podem ser de um barro duro, com muitas pedrinhas tornando-a deslizante. Eu não considero isso “solo compactado”. Brita e brita fina é quando literalmente andamos em cima das pedrinhas cinzas (maiores ou minúsculas), sem mistura com barro vermelho, mas com muito pouca areia branca ou nenhuma.

E existem aquelas vias de uma terra natural acinzentada que acabam ficando duras, melhor do que barro duro, às vezes. Aqui, geralmente as estradas de terra (que eu distingo de areia) não são assim e são moles para um pneu de bicicleta.

Alexandre, essas pedrinhas eu chamo de “saibro”. Pra mim, “brita” seria apenas aquele material que é colocado propositalmente quando ainda não é possível asfaltar ou quando estão preparando para asfaltar.
De qualquer forma, eu achei que “cascalho” seria bom para representar qualquer tipo de pedra solta natural e não confundir com “brita” de construção.

Estas eu marcaria como compacted.

Caramba, essas discussões às vezes nos deixam confuso! :laughing:

Deixa eu tentar de novo:
unpaved → não pavimentada tag genérica
compacted → solo compactado chão duro
gravel → pedras soltas cascalho, brita, etc…
dirt → solo não compactado chão macio (sem ser areia), barro
ground → superfície natural
earth → em desuso

Vou jogar mais um detalhe na confusão: “cascalho” são pedras naturais arredondadas pela erosão. São um tipo de seixos.

“Brita” são pedras produzidas artificialmente, quebrando pedras maiores. Por isso, são pontiagudas.

Existe diferença prática entre uma e outra? Depende do seu tipo de pneu. Pneus de bicicleta são mais suscetíveis à brita do que ao cascalho.

“Solo não-compactado” é interessante porque daí forma um contraste claro com “compacted”. Mas e que tal “terra” então? Daí tiramos “terra” do earth e colocamos outra coisa (poderia ser “terra (em desuso)” ou algo similar).

Solo natural vs superfície natural: pois é, “superfície” é bastante genérico, não? Alguém poderia achar que rocha é uma superfície natural.

Tô achando o debate muito interessante, +1 pra todos!

O mesmo que eu. Mas eu não nunca ouvira o nome “saibro”.

Nessas condições com com brita “quando ainda não é possível asfaltar ou quando estão preparando para asfaltar”, eu chamaria de “compactado”. Mas eu também tinha como “compactado” a estrada de barro vermelho duro com saibro. → Perdoem-me, contradição minha. Lá em cima, em #13, eu dissera: «Eu não considero isso “solo compactado”».

Nisso eu não concordo. Mas se quiserem assim, OK, eu aceito. Como disse, estou aqui com objetivos mais práticos. Acho que cascalho está mais para brita do que para saibro.

Onde diz isso? Apesar de que eu já considerei cascalho um mistura de pedras pontigaudas naturais e seixos arredondados minúsculos naturais.

Na brita fina com areia mole, ele afunda. Na brita em preparação a asfalto, por cima areia branca compactada, ele desliza, tal como em cima de barro duro com o tal saibro.

Tente visualizar a “ideia geral” que eu embutira na tabela de File:Tutorial-viasOSMtracker-NightoLanguage.png. Eu fui “traduzindo para a tabela”, distinguindo uma linha de outra.

Concordo. Também existem a palavras “piso” e “chão”. Inclusive as há quem chame “estrada de terra” ou “estrada de chão”. → Aqui eu me referia a aquelas estradas de barro duro com saibro, principalmente. Não ao ground.

Fernando, muito interessante a sua explicação sobre as pedras!

+1

+1
Agora acho que é melhor não utilizar os termos cascalho, saibro, brita, etc… Não ficaram objetivos.

Alexandre, se você passar em cima de brita com bicicleta ou moto ela se apresenta como um terreno macio. Ainda que um rolo compressor tenha passado por cima dela. É bem diferente de um chão duro.
Aliás, eu também entendo que o chão duro de barro vermelho seja compactado. Mesmo com um pouco de saibro em cima. Acho que a diferença está na quantidade de material.

Abraços, Linhares

Acho que o “método Nighto” deve acompanhar a visão da comunidade, e não o contrário. ;D

Piso não se aplica porque implica que é pavimentado. Chão é possível, mas talvez genérico demais, não acha?

“Estrada de chão batido” é como elas são chamadas aqui pelo sul. Se “estrada de chão” for usada em outros lugares (como é aí e aqui), talvez essa seja a melhor tradução.

Agora, algumas dessas definições são um tanto “cientificas”, não quer dizer que o colaborador comum do OSM vai conhecê-las. Talvez seria interessante traduzir pebblestone como cascalho, daí o usuário teria que escolher entre cascalho e brita e, não sabendo a diferença, provavelmente procuraria confirmar antes de escolher.

Pois é, mas no meu entendimento não é uma questão geológica.
A tag surface é pra dar uma idéia da condição da via e não dizer exatamente o material que compõe aquela superfície.

Assim como as tags de landuse e natural. Elas não informam qual a vegetação exata, mas dizem se você vai encontrar uma área de pasto ou floresta.

Não se preocupe, ele acompanhará. Eu espero. Aquela “minha” tabela é um rascunho.

Aqui, “estrada de chão” é usada para qualquer estrada não pavimentada que ligue duas comunidades rurais, por exemplo, mas principalmente para estradas que estão preparando para o asfalto (com brita) ou estradas de barro duro com saibro.

Fotos resolvem. Podemos organizar uma força tarefa para irmos tirar fotos que faltam. Eu posso tirar de vários casos.

Eu não entendo como geologia. Muitos motoristas diferenciam bem o tipo de superfície antes de colocarem seus carros para rodar lá. Dependendo do relevo, algumas superfícies impossibilitam a passagem de determinados tipos de veículo. Mesmo veículos que são muito mais importantes econômica e socialmente (aqui no Brasil) do que uma bicicleta.

Sim, é isso que eu quis dizer. O que importa é a informação para os motoristas. Por exemplo, saber que há pedras soltas e que ele pode derrapar. Não necessariamente precisa saber qual o tipo de pedra.
Por outro lado, se uma estrada tem surface=compacted, eu espero que esteja em boas condições.

Abraços, Linhares

Eu achava isso também, mas depois do imenso debate (na lista tagging) sobre quais vias renderizar como “em estado ruim”, eu ando mais convencido de que a tag surface é não é muito representativa do estado da via.

As duas melhores alternativas são tracktype e smoothness. Não se chegou a um consenso sobre qual é a melhor: os australianos preferem tracktype, os americanos preferem smoothness, e os europeus não se pronunciaram muito. Alguns acreditavam que surface era a melhor também.

Eu tentei propor um sistema de classificação unificado, mas ninguém teve muito interesse (tô vendo agora se o time do OSRM tem interesse). Só por curiosidade, eis as similaridades que eu tentei estabelecer:

(editado) ATENÇÃO: o gráfico acima não faz sentido. Há um erro conceitual fundamental: tracktype representa o grau de compactação do material da superfície, smoothness representa o grau de irregularidade no formato da superfície, e surface representa a constituição/estrutura do material. Essas três coisas são independentes, não uma coisa só.

O gráfico na parte de cima é a minha opinião pessoal sobre quão desejável é passar por cada via. O valor inverso seria o nível de esforço.

Ali em surface, vocês vêm que tem grupos de superfície que correspondem a estados bem distintos pra cada meio de transporte. Dizer que a superfície é “dirt” pode ser OK (classe #4) ou muito ruim (classe #16) se você for um pedestre.

Uma estrada de barro duro com saibro, na qual a máquina passou recentemente, é boa segundo o critério de muitos motoristas. Para outros, é uma estrada muito indesejável por levantar muita poeira (quando seco). Se por algum fator não houver poeira, tem a tração do carro da frente jogando pedra.

O que eu quero dizer com isso é que é melhor informar o tipo de superfície e deixar maiores julgamentos com o motorista interessado. É verdade que existe Key:smoothness, mas muitas vezes desinformará invés de informar, se não for atualizada por um órgão responsável. O que funciona mesmo, hoje, é pedir informação ao frentista do posto de gasolina mais próximo, ou às pessoas que usam a via. Dá uma chuva e “muda tudo”, quando não há pavimentação.

Fernando Trebien, antes de mais nada: parabéns pelo seu trabalho!

Dizer que é asfalto não é muita coisa quando buracos fazem ficar pior do que muita estrada de chão.