Etiquetação de bairros e localidades

Perfeito! Acho então que dá até pra importar tudo, mesmo no caso de não se ajeitar nenhum nome.

Como de vez em quando tenho adicionado/revisado também os bairros de BH, pelo menos as vilas da capital - provavelmente são a maioria nessa relação - eu posso corrigir.

A PBH oficializou sim os limites de bairros, tanto que tem um mapa no site da prefeitura delineando os limites claramente e é o que o Google segue. Procure pelo mapa HTA_M004b.pdf e similares no site da prefeitura.

Eu tenho esse arquivo, mas eu não sabia que tinha legalizado. Quando foi isso?

Nos tempos que trabalhei na prefeitura a referência a bairros ainda era da fundação da cidade (2ª Seção Suburbana, 4ª Seção Urbana, Colônia Bias Fortes, etc)

O que você chama de legalizado? Tipo um decreto ou uma Lei organica? Se tem não tô sabendo. Estou me baseando nestes mapas e um outro que eu tenho (mas não tô achando) que bate 100% com o que o Google faz (o que significa que eles tiraram dali).

Pra mim, legalizado é o que está na letra da lei. Me lembro de ler, em uma versão antiga do site da PBH, que os limites eram baseados nas referências populares, e já percebi diferenças ao longo dos anos entre as versões dos mapas… é uma pena que não tenho aqui as versões antigas, que não estavam em PDF.

Em Natal, por exemplo, os limites são legalizados porque há uma lei/decreto que saiu no diário oficial: http://www.natal.rn.gov.br/semurb/paginas/File/Limites_Bairros.pdf.

Mesmo com essa lei, a prefeitura às vezes ainda solta um mapa com os limites errados. Imagina nos lugares onde não tem lei.

Importado tudo: http://www.openstreetmap.org/browse/changeset/16458886

No final você encontra a coleção das comunidades de BH: http://www.openstreetmap.org/browse/relation/2986287

Fiz a correção dos nomes (acrescentando “vila” exceto em frente de “vila”, “morro” e “conjunto”), e em algumas áreas muito próximas eu juntei numa coisa só (outras em que a separação era grande eu não fiz).

Eu poderia ainda fazer uma edição ajeitando um detalhe de cadastro do IBGE: quando há mais de uma vila com o mesmo nome, eles diferenciam usando números romanos no final. Mas ninguém usa o número romano para se referir à vila, normalmente. No JOSM é fácil identificar isso fazendo uma busca por algumas combinações de números romanos. O que você acha?

Ah, uma sugestão: algumas vilas estão com múltiplos nomes separados por “-”. Acho que isso também é uma estratégia de diferenciação. Seria bom repensar se esses nomes devem ficar assim ou não. Revisar os nomes é fácil: basta acessar o primeiro link do changeset e lê-los um a um (ou fazer buscas sobre o texto da página no navegador mesmo).

Hm, descobri um problema na importação, um offset errado afetando todos os polígonos. Vou tentar corrigir, só uns minutinhos.

Bem, por ora eu reverti a alteração e hoje à noite submeto da forma correta. Sorry, minha primeira vez tentando fazer algo audacioso assim. :stuck_out_tongue:

O problema foi que o JOSM atribuiu à camada do .kmz um sistema de coordenadas diferente do do OSM. Apesar de me mostrar os polígonos corretamente alinhados com o mapa, no momento da submissão ele não converteu para o sistema de coordenadas certo (tsk tsk tsk). Converter é fácil, mas vou precisar refazer algumas das etapas finais da limpeza antes da submissão. Desculpem a confusão.

Agora sim. Changeset: http://www.openstreetmap.org/browse/changeset/16464401

E coleção: http://www.openstreetmap.org/browse/relation/2988751

Melhorei um pouco o meu processo e já aproveitei para revisar os nomes fazendo correções de problemas óbvios. Os números romanos que eu mencionei antes saíram todos, verifiquei caso a caso e todos podiam ser removidos. Alguns deles o IBGE estava usando para dividir uma mesma vila em várias partes, eu acabei mesclando os polígonos nesses casos, a divisão só faz sentido para o censo do IBGE.

Fora os nomes separados por hífen (que eu deixei, pois não há como eu saber se são nomes alternativos ou simplesmente uma especificação do primeiro nome que poderia ser removida), alguns polígonos tinham dois nomes na tag “name”. Onde eles estavam separados por “/” ou pela palavra " ou " eu passei o segundo nome para a tag “alt_name”. Onde havia " e " eu simplesmente coloquei um " - " (ex. “A e B” virou “A - B”).

Assim, quanto a nomes, só é necessário revisar os nomes que têm hífen para saber se:

  • o segundo nome é um nome alternativo (deve ir para a tag “alt_name”); ou
  • o polígono está combinando várias vilas em uma (nesse caso, os outros nomes precisariam do prefixo “vila” também para expressar essa combinação); ou
  • é simplesmente uma diferenciação interna do IBGE que não é aplicada na prática e pode ser removida do nome (parece que pode ser o caso de algumas vilas com mesmo nome em lugares diferentes da cidade).

Notei que já havia algumas áreas em BH com landuse=residential que correspondem mais ou menos às vilas. Nesse caso, talvez você precise excluí-las ou combinar os contornos e as tags para evitar dados duplicados. Tem que olhar caso a caso daí. É algo que você pode fazer durante a sua revisão.

Vou iniciar um outro post com mais detalhes do processo e um acompanhamento para importações similares em outros estados.

Vitor, se você quiser se aventurar no JOSM, eu guardei o arquivo .osm da submissão. Como o arquivo guarda os IDs dos objetos já submetidos e também o número do changeset, é possível simplesmente editá-lo sem sequer baixar o mapa da cidade, você estaria só modificando esses polígonos e nada mais. Uma das vantagens é ter uma lista de nomes bem fácil de revisar.

Oi Turma

vocês deram uma olhada nas orientações de importação de dados?
http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Import/Guidelines

Passei esse assunto para outro tópico: http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?pid=339722

De fato eu não tinha levado essas orientações em consideração. Felizmente foi uma importação pequena e eu não vou ter que alterar nada. Vou apenas criar algumas páginas no wiki descrevendo o processo (basicamente copiar o que já coloquei no fórum) e também criar um usuário específico para essa importação (sugestão de “nesol”).

Vitor, no fim eu acabei aplicando regras um pouco diferentes pros nomes das vilas no resto do Brasil. Se você quiser, posso aplicar as modificações sobre os conjuntos de Minas Gerais também (os que já estão no ar) pra ficar mais parecido. Posso aplicar todas elas, ou algumas delas. Certamente são todas discutíveis.

Em Minas Gerais eu teria feito as seguintes coisas diferentes agora para ficar igual ao restante do país:

  1. Colocaria “Vila” na frente de “Morro” também porque alguns morros para deixar claro que é a vila e não o morro (desconfio que você não vai querer mudar isso)
  2. Não colocaria “Vila” antes de “Bairro”, “Expansão”, “Favela”, “Loteamento” e “Ocupação”
  3. Onde números são expressos com palavras, converteria para números e colocaria a versão com palava na tag “alt_name”, permitindo a busca por qualquer um dos dois nomes mas preferindo exibir o numérico; um caso que me deixaria ligeiramente em dúvida é o do “Conjunto Paulo VI” onde eu adicionaria a tag “alt_name=Conjunto Paulo Sexto” (imagino que seja o nome do papa)
  4. Os seguintes nomes nas tags alt_name (à esquerda) seriam reincorporados à tag name (à direita) simplesmente porque eu não tinha informação suficiente para decidir com certeza que eram nomes “alternativos”:
  • “Jardim Terezópolis” > “Vila Jardim Santo Antônio”
  • “Margem da Linha Férrea” > “Vila Holcin”
  • “Matadouro” > “Morro do Cipó”
  1. Expandiria a abreviação em “Vila S. Beatriz - Rua Manuel Macedo” como “Vila Santa Beatriz - Rua Manuel Macedo”

Sei que os passos 3 e 5 são meio contraditórios. A questão é que as abreviações provavelmente serão suportadas no futuro (já tem uma lista de abreviações no wiki, é só o Mapnik suportar). Agora outras abreviações diversas (como as de números) eu acho muito improvável, então já estou me adiantando. :stuck_out_tongue: O costume tem sido de escrever o número por extenso, mas acho que não traz benefícios ao usuário, e com isso há uma tendência ao Mapnik não renderizar o nome, o que é ruim para o usuário. Fazendo sempre uma versão por extenso com “alt_name” é possível buscar tanto por número quanto por palavra. (Na verdade, em Porto Alegre eu uso a tag “official_name” pra isso, que não é tão amplamente suportada, mas me parece mais apropriada.)

  1. Eu concordo em termos gerais, mesmo quando há casos - como em Belo Horizonte - onde não há essa necessidade. Nesse caso, um pente fino voltaria as coisas ao normal.
  2. Concordo.
  3. O caso do Conjunto Paulo VI é esse mesmo - há também o bairro Paulo VI, lindeiro. E concordo em relação à troca de algarismos romanos para arábicos. Nos casos específicos de Belo Horizonte, por exemplo, quase certamente eu trocaria a posteriori de 1 para 1ª seção, nos casos devidos, e por aí vai.
  4. Concordo.
  5. Idem.

Com algum atraso mas está feito! Pode conferir se está tudo ok? Basta passar o mouse em cima de cada objeto em “Changed object tags” aqui: http://osmhv.openstreetmap.de/changeset.jsp?id=16591290

Vi que você já adicionou o sufixo 1ª Seção, 2ª Seção, etc. a alguns dos aglomerados. Eu aproveitei e já adicionei a versão com “Primeira Seção”, “Segunda Seção” nas tags alt_name. Sugiro que você siga colocando esses nomes por extenso na tag alt_name, isso facilita na hora de localizar por nome.

Boa! Vou dar uma olhada assim que possível.

Subo o tópico pra esclarecer o Gerald que, ao contrário do que eu pensava, a divisão de bairros de BH é sim oficial, pois o IBGE a adota para fins censitários. Desta forma, estou importando os dados do IBGE com os limites dos bairros de BH - que consegui tratando o arquivo KML com os setores censitários de BH - para o OSM.

Não consegui captar o exemplo. Ele foi alterado?

O que significa “coleção”?

Podemos ir fazendo uma tradução por partes.

Tudo está em Import/Catalogue/Brazil IBGE Subnormal Agglomerates?

Interessaria à comunidade brasileira uma tradução em português, ou trata-se apenas de um “registro”?

Aproxime o nível do zoom 1 vez e você vai ver que tem um condomínio grande no canto esquerdo superior. Desde essa época, foi alterada a classificação das vias dentro do condomínio, as novas têm mais prioridade que o nome de áreas, daí nesse nível de zoom não é renderizado o nome da área, só das ruas.

Coleção é um tipo de relação não aprovada (e, portanto, deve ser evitada). Ela serve apenas para agrupar coisas, segundo o interesse do usuário. Creio que o Vítor a tenha criado para facilitar o trabalho de revisão.

O jeito “certo” de obter uma informação do mapa é fazer uma consulta que filtre os dados procurados baseado nas suas etiquetas. No caso específico de BH e do Rio, o uso de coleções poderia ser justificado em parte pela dificuldade em determinar as melhores cláusulas para essa consulta, e por ser uma informação frequentemente necessária. Mas repare que o problema ainda seria o mesmo caso se desejasse extrair todos os aglomerados do país. Portanto, tenha muito cuidado pra não sair criado coleções à revelia, isso prejudica a manutenção do mapa.

Eu escrevi em inglês porque envolvia detalhes legais úteis à OSMF e porque assim fica mais universal (nada impede que estrangeiros contribuam com o mapa brasileiro; eu já encontrei alguns por aqui). Claro que uma tradução seria útil, mas é pouco necessária (quem for fazer importações tem que estar bastante ligado e participando da comunidade internacional). Se você tem dados a importar e não tem esse envolvimento todo, é melhor anunciar onde estão os dados e passá-los para alguém que possa lhe auxiliar com todas as etapas burocráticas e técnicas da importação.