Estou no meio de uma discussão com um usuário sobre a classificação de ligações e resolvi registrar o que encontrei.
Há pelo menos 4 formas escolher a classe de ligação e elas envolvem adotar a classe relativa à via de:
Maior importância. Então qualquer acesso (de entrada ou de saída) de uma autoestrada (motorway) para uma primária será “ligação de autoestrada” (motorway_link).
Menor importância. No exemplo anterior, seria “ligação primária” (primary_link).
Origem. Então, nas ligações que fluem da primária para a autoestrada, seria primary_link, e nas que fluem da autoestrada (motorway) para a primária, seria motoway_link.
Destino. No exemplo anterior, seriam motorway_link e primary_link respectivamente.
Dessas 4 formas, a forma convencionada no OSM é a #1. E o motivo é dado como resposta aqui:
Traduzindo:
Este artigo no wiki corrobora essa visão, mas não dizia o motivo até 5 minutos atrás (quando eu acrescentei uma referência para a página acima). Várias outras fontes também não citam o motivo, só citam a convenção. Editado: o exemplo que o wiki dava de um caso excepcional não é mais válido. Acho que podem até existir exceções, mas elas provavelmente são muito raras.
Só pra esclarecer qualquer dúvida de que é convenção mundial fazer assim, eis alguns exemplos em outros países:
Ah sim, só explicando o fator causador da discussão: o usuário reclassificou os links porque o GPS dele mandava ele passar por este link, mesmo que a rota fosse sul-norte (ou seja, sem a necessidade de tomar acessos). O problema é que os links não tinham a etiqueta maxspeed (agora têm), mas a via principal tinha, e a velocidade da via principal era mais baixa do que a estimada pelo GPS dele para os links (o GPS dele não é brasileiro e portanto adota convenções que fazem sentido em outros países, mas não necessariamente no Brasil), e com isso o GPS pensava que era mais rápido passar pelo link do que pela via principal.
Aí a solução é colocar maxspeed nos links. Concordo com o Fernando. O link deve seguir a rodovia de classe mais alta. “O GPS mandou” não é justificativa.
O problema é que a marcação “maxspeed” apenas nas estradas de hierarquia superior, e alguns padrões de velocidade assumidos por diferentes renderers (mkgmap, etc) para a estrada, produz maus resultados do roteamento.
Sim, e (especialmente no Brasil) isso torna necessário que a gente mapeie a etiqueta maxspeed também nos links se quisermos usufruir dos sistemas de roteamento usados nos outros países, como o OSRM, o OsmAnd, o MapFactor Navigator, etc. Uma solução pra isso seria fazer um GPS nacional - mas não mudar a classificação dos links.