Propostas para classificação de vias

Mais detalhes no wiki: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a

Continuando a discussão em andamento na lista de e-mails da comunidade do OSM brasileira (http://www.mail-archive.com/talk-br@openstreetmap.org/msg03108.html), abro esse tópico para que sejam submetidas propostas para classificação das vias no Brasil. O objetivo é organizar a crítica (construtiva ;)) dos modelos por outros colaboradores interessados e chegar a um consenso que guie a comunidade brasileira. Sempre que chegarmos ao consenso sobre uma nova forma de classificar, deve-se atualizar o wiki (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a).

Acredito que podemos colocar como objetivos também:

  • maximizar a nossa produtividade
  • minimizar os atritos que possam surgir a partir de opiniões pessoais divergentes
  • integrar facilmente novos colaboradores

Muitas idéias foram propostas até agora e estão convergindo. Peço que postem o estado atual da sua proposta e, se quiserem, façam um breve comentário sobre o que mudou nela desde o começo, pois as idéias antigas ainda podem inspirar novas propostas.

Fiz a minha proposta tentando usar o mínimo possível de informações ambíguas ou subjetivas na atribuição de uma classificação às vias. A proposta está descrita no wiki (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a#Reclassifica.C3.A7.C3.A3o_segundo_BIT_.28proposta.29) embora precise de uma re-escrita para ficar mais concisa.

Atenção: ao seguir este fluxograma, adicione source:highway=schema_br2013. Se você seguir outro método, pode referenciá-lo ou justificá-lo usando a mesma tag.

Atenção: a classificação urbana está em discussão no momento, pois produz um grande número de vias terciárias. Em caso de dúvidas, contate a comunidade (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:Contact).

Fluxogramas mais recentes:

Arquivos de grafo: https://www.dropbox.com/sh/8ifgduyovz9880u/sOE2QvDLci

Fluxograma original: http://i.imgur.com/UU2t1F5.png

Os maiores questionamentos da comunidade até o momento envolvem a parte verde do fluxograma (vias em área não-urbana).

Anteriormente, a proposta considerava a classificação administrativa da via (se é rodovia federal, estadual ou municipal) para decidir a classificação. Ficou claro pela discussão que essa é uma abordagem pouco popular (ou seja, pouco útil).

As propostas seguintes tiveram a ver com o ajuste dos parâmetros físicos a considerar. Ao ler o wiki, tinha cometido um engano ao entender “2 lanes” como sendo 2 faixas por sentido, mas na verdade é 1 faixa por sentido e 2 sentidos.

Nova versão, agora considerando casos em que não se sabe de antemão se há acostamento ou se o solo é compactado: http://i.imgur.com/bniXEQJ.png

Não saber significa que há mais de uma opção. Pode-se restringir a classificação atual a uma das opções indicadas (de preferência, a mais próxima).

Nova versão, considerando mais alguns casos em que falta a informação solicitada para decidir: http://i.imgur.com/pNuQaIC.png

“D” significa desconhecido.

Nova versão, com correções: http://i.imgur.com/I6GQ0CH.png

Tem um novo layout (calculado automaticamente) porque o anterior (manual) dava muito trabalho.

Onde você tá fazendo o diagrama? No yEd?

Também seria bom postar o arquivo fonte, se possível.

Nova versão com alterações na lógica da parte cinza e com critérios de segurança para velocidade alta em área urbana: http://i.imgur.com/YngUXId.png

É com o yEd sim. Disponibilizando: https://www.dropbox.com/sh/8ifgduyovz9880u/sOE2QvDLci

Mais uma atualização incluindo calçadas e as classificações do BIT: http://i.imgur.com/0fZVEiB.png

Path/Footway:
O path na Áustria / Alemanha / Suíça é comum usar fora de áreas urbanas é footway dentro de áreas urbanas.

O path no inicio era mais um caminho não-específica mas aconteceu que a tradução de path para o Alemão também significa trilha.
Como highway=trail não esta comum, assim highway=path esta usado para trilhas p.ex. nas montanhas. highway=footway esta usado para caminhos que são exclusiva para pedestres nas áreas urbanas.

Essa regra não esta 100% rígida, como tb tem discussões quentes no fórum alemão de vez em quando sobre o assunto.
Nos Alpes da Áustria pode se dizer que essa regra é o uso geral.

Como no mapnik o redering do footway e path é diferente, da para ver fácil onde tem um path que pode p.ex. ser difícil andar com um carrinho de nenê e onde tem footway que muito provavelmente não há problema andar com um carrinho de nenê.

Um highway=path não é exclusiva para pedestres e pode ser usado por mountainbikers tb. Tem ate tags extras de mountainbike que podem ser aplicadas num highway=path.

Olá Nesol,

Não me parece muito diferente do fluxograma: um caminho que seria bom para passar com um carrinho de nenê seria pavimentado e com nenhum ou poucos obstáculos, certo? Para implementar a sua visão, teríamos que mudar a caixa “-Pavimentada; -Nenhum ou poucos obstáculos” de lugar de modo a ter mais prioridade que a caixa “Largura >= 6m”. Não discordo disso, e já estou atualizando. Se você tiver uma sugestão melhor para o texto dessas caixas, fique à vontade para sugerir.

Já a divisão por área urbana/não-urbana sim estaria diferente do fluxograma, não teria apoio nas definições de path, track e footway no wiki, e como você disse, o Mapnik parece ter sido feito com outra interpretação em mente. Penso que footways ocorrem mais em área urbana e paths ocorrem mais em área não-urbana, mas nada impede a existência de footway em área não-urbana (um caminho pavimentado e sem obstáculos, raro mas possível) ou um path em área urbana (com superfície irregular ou obstáculos - como acontece, por exemplo, em certos parques ou reservas naturais dentro de cidades). Pelo menos onde eu moro (Porto Alegre) há vários exemplos do segundo caso. São caminhos por onde eu não gostaria que um navegador GPS me enviasse se houver opções melhores (como calçadas) por perto. Certamente, se estivesse olhando para o mapa, também evitaria esses caminhos em certas situações por não estar certo de quão transitáveis eles são.

Felizmente isso não discorda do fluxograma atual. Talvez faltou especificar melhor o que são os “veículos” lá no topo do fluxograma, vou atualizar isso também para ficar claro. A intenção era dizer algo como “carros convencionais”. Note que tanto path quanto track podem ser usados em rotas de mountain biking, com a diferença de que track seria mais ampla e estável e poderia ser usada por carros também. (Ao menos o perfil de track do JOSM prevê a aplicação de tags para mountain biking.)

Aliás, eu teria curiosidade em saber o que as comunidades alemã, suíça e autríaca pensariam desse fluxograma. Será que teriam interesse em ver uma versão traduzida para o inglês?

Novo fluxograma incluindo as idéias de nesol: http://i.imgur.com/UxTZ2ZW.png

(copiando meu comentário do talk-br para cá)

Oi Fernando

isto está ficando muito bom, especialmente incluindo as classificações do BIT, só senti falta associar rodovias multi-faixas com trunk. E também creio que falta colocar track ainda.

Um comentário que li em uma das 97 mensagens, não me recordo qual, e que eu achei muito pertinente é sobre a classificação urbana que na opinião do autor deveria ser de baixo para cima. Eu acho que faz muito sentido isto e ajuda a classificar tanto pequenas localidades como grandes metrópoles. Esta é uma orientação que deveria constar no esquema final.

abraço

Fico contente que o esforço está valendo à pena! :smiley:

É um fluxograma grande e complexo, mas existe uma caixa track ali. A partir da caixa “Particular”, você chega a ela de duas formas:

  • particular = S, pavimentada = N
  • particular = N, estacionamento = N, largura > 12m = N, pavimentada = N

A classificação na parte urbana são as caixas em amarelo, na parte direita inferior. Acho que as caixas “preferencial sobre …” implementam essa classificação de baixo para cima, não? Afinal, para você saber se a via A do tipo 1 é preferencial sobre vias B e C do tipo 2, você precisa antes classificar as vias B e C. Mas concordo que não é tão imediatamente óbvio quanto o resto do fluxograma.

Talvez um dos “problemas” desse fluxograma é que ele classifica uma via por vez. Quando estiver finalizado, acho que podemos colocar junto com ele um outro fluxograma que seria um “algoritmo” para ser seguido em área urbana, onde cada passo afetaria várias vias de uma vez só (o que certamente é mais fácil de seguir na hora de fazer a classificação). Seria algo do tipo:

  1. Comece com todas as vias transitáveis não-arteriais como “residenciais”
  2. Transforme os trechos preferenciais em “terciárias”
  3. Se um trecho for preferencial sobre várias terciárias, transforme-o em “secundária”

Não seria um algoritmo a ser seguido à risca porque há casos em que seria possível cair num loop (raro, mas se acontecer, é meio complicado e talvez mereça uma descrição visual no wiki com sugestões de como resolver).

Acrescentei a caixa para as multi-faixas e marquei a parte do fluxograma onde a classificação é feita de baixo para cima: http://i.imgur.com/rJbfq4f.png

Tá ficando show! :slight_smile:

E vias marginais? por exemplo no caso de um anel rodoviário com caraterísticas de motorway http://www.openstreetmap.org/?lat=-19.88605&lon=-43.967&zoom=16&layers=M como seria o melhor jeito de classificar as vias marginais a ele? No exemplo foi usado trunk, o que me parece errado embora tenho sentido em termos de hierarquia motorway->trunk->primary.

Hm boa pergunta. Certamente não aparece no fluxograma, e (pensando um pouco) acho que é um caso especial. Como está hoje, o fluxograma apontaria para “secundária” porque não é via “arterial” (é apenas uma via que acompanha a principal) e certamente é preferencial sobre qualquer terciária que o cruzar. Mas o anel tende a fluir bem porque precisa dar acesso à via principal, então seria mais parecido com uma “primária”. Já se a velocidade permitida no anel fosse de 80 km/h, o anel certalmente seria trunk (e estaria de acordo com o fluxograma) por se comportar como via expressa.

O artigo sobre motorways do wiki menciona pistas paralelas classificadas como motorway_link:
http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Tag:highway%3Dmotorway_link#Parallel_motorways

Então, por analogia, talvez possa ser trunk_link, pois é um caminho que serve para acessar a via principal, que é trunk. (Hoje está como motorway, mas a velocidade máxima é de 80 km/h, então pelo nosso recente consenso deveria ser trunk nesse trecho.) O único detalhe é que o “link” seria bem longo, o que é incomum mas não proibido até onde eu sei.

Trunk link é desenhado na mesma cor que trunk, o que acabaria não dando uma boa idéia visual da hierarquia. Tenho a impressão de que a velocidade atribuída a trunk link em GPSs diversos varia mais do que pros outros tipos de via (considerando os perfis do OSRM e do MapFactor - alguém sabe do OsmAnd?), então talvez uma opção mais segura seria algo como secondary mesmo. Daí você ganha uma distinção visual e hierárquica compatível com os GPSs que tem por aí.

O anel rodoviário de BH tem três faixas por pista em boa extensão, mas por causa de inúmeros acidentes horrendos a velocidade hoje é limitada a 70 km/h para carros e 60 km/h para veículos pesados. Já a via marginal tem a velocidade oficialmente limitada a 60 km/h, mas a turma anda a velocidades muito superiores a esta pela falta de radares (que só tem na via principal).

Eu creio que motorway_link é o que me parece mais corerente. Não me preocupo muito aqui com a distinção visual pois a separação das pistas é muito clara. Mas fora isto não tenho uma opinião firme sobre o assunto.

Emendando o comentário anterior, acho complicado classificar vias por suas velocidades já que estas podem ser determinadas por fatores que nada tem a ver seja com a importância da via ou com o seu formato. Então penso que a velocidade permitiva pode ser um fator a considerar, junto com o formato, mas não deve ser o fator que determina em definitivo a classificação da via. Inclusive, por que de vez em quando essas velocidades são revistas sem que haja uma alteração no formato ou na importância da rodovia. O que eu quero dizer é que usarmos este fator como decisivo na classificação, seríamos obrigados a alterar a classificação da rodovia toda vez que houver a alteração da velocidade permitida, o que penso não seja esta a nossa intenção.