Traduções

Nesse sentido, a nomenclatura do IBGE para “metrópole” e “região metropolitana” também é ambígua. “Cidade maior” e “cidade menor” então, sem os parênteses.

Eu acho que a área urbana de Porto Alegre é uma metrópole e a sua região metropolitana (segundo definido pelo IBGE) inclui áreas não urbanas e cidades vizinhas não-conurbadas.

Sugeriram na lista deixar como “living street” mesmo, sem traduzir. Seria um estrangeirismo. A maioria das pessoas não usaria por não saber o que é. Talvez seja melhor.

housename tb

Não ficaria melhor “via de pedestres”?

O pessoal que faz escalada/trekking aqui no Brasil conhece esses lugares como “abrigo”.

Incorreto. No inglês britânico “chemist” quer dizer farmácia mesmo.

The OSM key should not be translated literally without context, and maybe not be translated at all, because users could be confused to use the translated key tag instead of the standard/aproved/most used feature.
The translation of the use case is right.

http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Map_features
shop=chemist : A shop selling articles of personal hygiene, cosmetics, and household cleaning products (for a shop that potentially dispenses prescription drugs, cf. pharmacy. U.S. drug store, see amenity=pharmacy)
http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:Map_Features
shop=chemist : Uma loja que vende artigos de higiene pessoal, cosméticos e produtos de limpeza doméstica (para uma loja que distribui medicamentos potencialmente, cf. Farmácia. EUA drug store, veja amenity=pharmacy

Sorry, I didn’t want to post in English, but the google translation for those phrases was BAD.

Sobre chemist, na verdade, quer dizer literalmente “químico” (a pessoa que produz e vende produtos químicos de uso doméstico), mas a definição usada no OSM é um pouco mais específica: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Tag:shop%3Dchemist

“Abrigo” conflita com “shelter”: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Tag:amenity%3Dshelter

No caso, “shelter” eu sugeri que fosse traduzido como “Abrigo contra intempéries” para não confundir com outros tipos de abrigos (como abrigos para pessoas carentes). Talvez “refúgio de montanha” (o termo usado na Wikipédia) seja mais usado em Portugal e estaria mais claro se fosse “cabana alpina”, como o Google sugere, ou quem sabe “cabana de montanha” ou algo parecido. Veja: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ref%C3%BAgio_de_montanha

“Via de pedestres” torna confuso com “pedestrian”, com “footway”, etc. Foot route é uma relação de rota, com membros que são vias (ways). A rota por si só não é uma via mas sim uma coleção de vias (como qualquer outra rota: rota de ônibus, rota fluvial, etc.). Pra tornar esse aspecto evidente, acho importante que “rota” apareça no nome, como aparece em todos os outros casos em que se usa “route” no OSM (e no iD). Pode ser rota de pedestres ou de caminhada, mas como “foot route” é tipicamente usada para hiking, prefiro caminhada. Veja: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Tag:route%3Dfoot

Pelo texto, não há distinção entre route=hiking e route=foot exceto pelo número de vezes que cada uma foi usada. Pesquisei um pouco e parecem estar sendo usados de forma intercambiável (varia entre países, mas não dentro do mesmo país). O iD reconhece route=foot mas não route=hiking, embora o wiki sugira que route=hiking seja o mais correto. Se houver distinção de fato, me parece que route=foot seria “rota de pedestres” (ou “rota à pé”) e route=hiking seria “rota de caminhada” considerando as traduções do Google do Linguee para “hiking”.

É isso aí! Esse é o espírito! :smiley:

Traduzir ao pé da letra é basicamente esquecer que estamos fazendo um mapa. E também esquecer que estamos usando o OSM. E esquecer que várias dessas definições já foram muito discutidas na comunidade internacional. Nosso trabalho como tradutores é fazer com que um usuário usando a interface traduzida mapeie do melhor jeito possível, então as traduções devem estar ligadas à prática. Em vários casos, a terminologia em inglês diverge um pouco da prática. Isso cria discussões tremendas e intermináveis nos outros fóruns, e mais tarde cria um problema de integração entre os países (as pessoas ficam naquele joguinho “mas no meu país um track é usado pras linhas no asfalto, o meu é melhor” vs “e no meu país um track é usado para trilhos de trem, o meu é melhor”). Podemos optar por “propagar a divergência” (e com isso deixar um monte de iniciantes confusos e frustrados) ou tentar uma tradução melhor que os ajude a mapear corretamente e com isso os incentive a mapear mais coisas (ao invés de perderem tempo discutindo com os usuários mais experientes).

Essa semana um amigo meu que nunca mapeou nada antes tentou mapear a escola onde ele trabalha usando o iD. Várias coisinhas o confundiram porque estavam mal traduzidas (a tradução dava a entender uma coisa diferente do que realmente era e o levou a usar ou deixar de usar certos recursos). É com esse tipo de usuário que eu me preocupo, o usuário eventual, porque é esse que mais faz contribuições com o seu conhecimento local (um dos valores centrais do OSM). Um erro de tradução pode levar gente no país inteiro a mapear algo “meio certo” (ou “meio errado”, depende se você acha que o copo está “meio cheio” ou “meio vazio” :P). Vale à pena o esforço de tentar esclarecer os usos através de uma boa tradução.

É bom lembrar que no final do arquivo de tradução, a gente pode colocar sinônimos para os termos, assim não é necessário colocar a tradução principal como “Farmácia e Drogaria”. Se a gente coloca Drogaria como sinônimo, acredito que alguém vai encontrar a tag da mesma forma.

Quanto a town / city, meu voto é traduzir as duas como cidade. Todas as cidades que temos já têm suas respectivas tags. Se surgir alguma nova, provavelmente será um usuário experiente que vai colocar a tag, então acho que não precisamos nos preocupar com isso.

Pelo que entendi essas alternativas são para que alguém, ao revisar a tradução, possa optar por um termo diferente. Ou seja, é para estimular a discussão. Na interface do iD, esses termos alternativos não vão aparecer, somente aparece o termo principal. Não há barra de busca para procurar por alternativas também.

No JOSM é a mesma coisa, só 1 tradução é exibida. Para expressar alternativas, é necessário ser criativo (usar /, colocar parênteses, etc.). Mas ao mesmo tempo, também é necessário ser sucinto pra que o texto caiba nos espaços pré-definidos da interface gráfica. Ou seja, dizer muito com muito pouco, e ser preciso pra não induzir ao erro.

Traduzir as duas como cidade significa que no iD vai aparecer em alguma lista de lugares algo assim:

  • lugarejo
  • povoado
  • cidade
  • cidade
  • condado
  • país

E aí, qual das cidades você escolheria se fosse o usuário? Acho melhor algo como “cidade menor” e “cidade maior”, assim sabe-se que há uma distinção entre os dois itens. O usuário então pode procurar no Google ou perguntar na lista qual a diferença, ou simplesmente escolher o que achar melhor, ou consultar algumas outras cidades pra obter uma comparação. (A interface inclusive pode ter essas coisas fora de ordem, ou em ordem alfabética, a princípio nada garante que estará em ordem de tamanho, será a ordem que os autores do iD decidir, e eles podem decidir trocar de uma versão pra outra.)

Por enquanto, o único caso em que eu sugiro uma equivalência é entre nó e ponto e entre via e linha, mas somente quando se referem ao elemento geométrico (tipo “desenhe uma via fechada para formar uma área” seria “desenhe uma linha fechada para formar uma área”). No resto das vezes, traduziríamos os tipos de via com “via” na frente, como via residencial, via aquática, etc. Sugiro isso só porque todas as vezes até o momento me pareceu que os termos são absolutamente intercambiáveis (no contexto do OSM, não em outros contextos). Por exemplo, não há uma única situação em que “nó” e “ponto” sejam usados para se referir a coisas diferentes no OSM. Quando se referem a “via” (o objeto geométrico feito de pontos, em inglês way), estão se referindo à “linha” cartográfica, à linha do desenho, não ao que ela representa na vida real. Um exemplo disso é o mapeamento de um parque. Você liga os pontos dos extremos com uma linha (way) para formar a área do parque. Não há nada que trafege ou que flua sobre ela, ela é apenas uma linha representando a borda. Nesse caso, o termo em inglês está “meio errado” por sugerir que as bordas do parque são um “caminho” (não são, nada trafega ao longo delas). Se chamarmos de linha, essa confusão desaparece.

Abrindo um parêntese, falando em rotas de hiking (e de ciclismo), achei isto: http://hiking.waymarkedtrails.org

E um exemplo dessas relações de rota: http://www.openstreetmap.org/browse/relation/37790

Housename quase sempre no Brasil corresponde ao “complemento” na linha de endereço. (Na verdade, não consigo imaginar um caso em que não seria.)

Isso não seria addr:unit?

addr:unit é uma tag apenas proposta (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Key:addr). O wiki também diz que ela é contraindicada e que há outras tags melhores pra essa função (provavelmente addr:housename ou addr:full). O wiki diz que ela serve para subdivisões internas de um edifício, cada uma com um ponto de acesso próprio e único. Seria o caso de 1 edifício grande com dois conjuntos de escadas, onde alguns apartamentos estão num conjunto de escadas e outros estão no outro, mas os corredores de cada conjunto não se comunicam (então, você quer saber qual a escada certa a escolher pra não fazer exercício extra :P). Seria talvez o que alguns aqui às vezes chamam de “bloco” (mas geralmente bloco é um edifício separado, e nesse caso o nome “bloco X” vai na tag name do edifício).

Repare que “housename” serve apenas como uma subdivisão de “housenumber” (um número de endereço pode conter várias “casas”, num sentido meio genérico). Em housename você colocaria coisas como “Loja 7”, “Salas 41-43”, “Apartamento 204”. É raro você mapear todos os apartamentos de um edifício (a menos que você participe do projeto Indoor OSM), então essa tag acaba sendo pouco usada, só em POIs mesmo, e geralmente só na região central da cidade, onde há muitos prédios comerciais. Além disso, todas as ferramentas que eu vi até agora tratam essa tag apenas como “informação adicional”, afinal, imagino que quase nunca alguém pesquisaria num GPS pelo endereço completo de um lugar incluindo bloco e apartamento (só o endereço de entrada basta, normalmente). Sendo “informação adicional”, o formato dela é meio livre, não diz nada no wiki (ao contrário de uma tag como “opening_times” que tem um estilo de formatação bem rígido até). Você pode optar por colocar “Apartamento X”, ou “Ap. X”, ou “X”, ou “Apt X”, etc. (o melhor, pra seguir o resto do estilo do OSM, é não abreviar). Então, no caso raro de um apartamento em um edifício dividido em blocos, eu colocaria na tag “housename” algo como “Bloco B, apartamento 5”.

Assim funcionaria com praticamente todas as ferramentas, até mesmo a (rara) busca incluindo nome de bloco e apartamento. Se você se desviar desse padrão e usar addr:unit, praticamente nenhuma ferramenta vai fazer uso dessa informação, nem o Nominatim (que é uma das mais abrangentes, certamente muito mais que a maioria dos GPSs baseados no OSM).

As instruções no wiki precisam seriamente de atualização:
http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:Key:addr
Abri uma discussão naquela página:
http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Talk:Pt-br:Key:addr
Se você puder orientar como proceder.

Grato,
-F.

Na verdade é bem simples: basta ler o original em inglês, traduzir para o português e salvar o novo texto. Mas acho que pra isso o assunto dessa thread é fundamental: para harmonizar a terminologia (senão, como você viu, cada um traduz “city” e “town” como bem entende, e daí o wiki traduz de um jeito, o iD de outro, o JOSM de outro, e tudo vira um caos). Estou me preocupando em justificar os prós e os contras de cada tradução individual pra que outros colaboradores recém-chegados possam contribuir com idéias sem ter que ler toda a thread ou a lista de e-mails.

Mas terminologias à parte, a tradução é geralmente direta, há pouquíssimos casos em que desviamos significativamente do inglês (como no caso do assunto da classificação das vias).

Outro detalhe é que o wiki em inglês sofreu muitas alterações recentes (bem, o mundo inteiro contribui com ele), foi o nosso wiki que ficou pra trás. Mas isso é normal. Além do inglês, os mais atualizados são os wikis europeus, onde a comunidade do OSM é maior e mais participativa.

A minha dificuldade é que já existe uma tradução, que está em conflito com a sua orientação acima, a qual também não está contemplada na versão em inglês (p.ex., não existe nada sobre apartamentos em housename). Não quero fazer “o que bem entender”, como fiz na admin_level… Sugestão de procedimento:

  • atualizar o inglês para que inclua a sua interpretação acima:
  • traduzir do inglês atualizado para português, mesclando com a versão existente se possível, mas com a nova tendo precedência sobre a antiga.

Desculpe, mas confio mais na definição pelo Oxford:
http://oxforddictionaries.com/definition/english/chemist

Mas é justamente palo aspecto prático que se deva traduzir para abrigo. Nunca vi um montanhista aqui no Brasil usar outro termo.

No seu lugar, eu faria assim:

  • olharia o histórico da página no wiki em português pra ver se sofreu alterações recentes
  • olharia o histórico da página do wiki em inglês pra ver se sofreu alterações recentes
  • se o inglês foi modificado e o em português não, acharia provável que ninguém tenha refletido a mudança ainda (talvez ela esteja em discussão, ou talvez a equipe do wiki esteja sem tempo)
  • se o em português não é mudado há mais de 1 ano (especialmente se for num artigo importante, como esse sobre endereços), acharia provável que ninguém esteja mantendo a tradução do wiki

Daí nesse último caso eu perguntaria no fórum ou na lista. Tem um pessoal na lista (que está envolvido com o OSM há mais tempo) que ainda não participa muito aqui no fórum, então lá é um bom lugar pra perguntar. Aqui é bom pra deixar discussões registradas pra referência futura (por exemplo, sobre assuntos ambíguos ou ainda indefinidos).Tem gente que até coloca links pra posts no fórum em tags de objetos no OSM como forma de dizer “isto já foi discutido e está aqui o registro da discussão” (por exemplo, quando duas pessoas discutem sobre se uma via específica é primária ou secundária).

O wiki na verdade tem recebido bem pouca manutenção, então eu diria que quase todos os artigos podem ser atualizados sem perguntar. O ideal mesmo seria criar uma equipe de manutenção do wiki. Pra ter mais certeza disso, é bom se inscrever na lista talk-br (http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br) e acompanhar as discussões por um tempo.

Os lugares em que você realmente tem que tomar cuidado são aqueles que tratam de assuntos que variam muito de um país para outro. Alguns que eu lembro de cabeça (e eu certamente não sei de tudo) são o assunto da classificação das vias (gerou mais de 150 mensagens na lista há pouco tempo - em torno de 1 mês antes de você começar a participar aqui), o assunto dos endereços (nunca foi tratado, até onde eu sei, mas acho que há pouca confusão a respeito, todo mundo segue mais ou menos o padrão internacional, então daria pra copiar e deixar alguns “adendos” no final exemplificando o uso no Brasil), o assunto dos níveis administrativos (por estar bem organizado e diferente dos outros países, eu diria que foi tratado logo no começo, no momento da importação dos dados), recentemente também o assunto dos interpoladores (mas foi mais uma “recomendação” de uso do que uma divergência com o original), o assunto das “living streets” (que não chegou bem a uma “conclusão”). O resto não me parece ter sido muito discutido (estamos meio que discutindo indiretamente agora durante as traduções).

Uma sugestão para manutenubilidade futura (que certamente deve ser perguntada lá na lista): traduzir cada artigo conforme o original em inglês e no final colocar uma seção “No Brasil” explicando as diferenças adotadas aqui. Assim você pode atualizar as duas partes de forma independente uma da outra (fica fácil atualizar quando mudam o texto em inglês, e os aspectos locais ficam inalterados). Além disso, isso também permitiria que brasileiros mapeassem fora do país, ajudaria a enteder as diferenças locais, estimularia a discussão sobre a forma de mapear, etc.

Por fim, há partes do wiki que são exclusivamente nacionalizadas, como as páginas de projetos por estado e por cidade. Algumas cidades cosmopolitas (como Berlim e Paris) até têm uma certa internacionalização (em inglês) para que os imigrantes possam participar mais facilmente.