Traduções

Dá pra ver no histórico quem fez o quê. No caso fui eu que coloquei herbalist como Loja de produtos naturais porquê achei adequada, mas concordo que é imprecisa quando comparada às sugestões dadas pelo Trebien.

Fernando Trebien, será que não estamos os três falando de ruas diferentes?

jgpacker, sabemos todos que dá pra ver no histórico. Eu quis explicitar que não tinha sido eu porque os nossos nomes no histórico poderiam passar automaticamente sem serem percebidos pelo Fernando. Como quem primeiro falou em “loja de produtos naturais” parece ter sido eu, resolvi dizer ao Fernando que eu, novato, caindo de paraquedas, cheio de “atividade” e “opinião” (que eu não sei como estão sendo recebidos), não me atrevi a “penetrar” a WikiProject Brazil/Referência.

Se soubesse que era só isso que precisava dizer. Esse debate já deu tantas voltas, com tantas opiniões diferentes sobre aspectos diferentes. :stuck_out_tongue:

O mais difícil seria quantificar como uma pessoa média (nem eu nem você nem ninguém que mapeia no OSM, seria mesmo um usuário desavisado qualquer) escolhe as suas vias (para carro, para bicicleta, para andar a pé, para passar de cadeira de rodas). Outra coisa que não está muito clara no OSM é que a classificação é preferencialmente relativa à fluidez do tráfego. Eu até acredito que originalmente esse tenha sido o critério, mas hoje nem tanto. “Para que serve a via?”, é a questão que deve ser respondida. Para os carros? Para os pedestres? Para oficiais do governo que estejam usando o OSM para planejamento urbano? O que importa prum usuário comum do OSM a respeito da via, sabendo que ele pode ser de qualquer desses tipos (e vários outros)?

Fora do Brasil, eu sei que eles tentam encontrar correspondentes desses conceitos abstratos na legislação local. A classificação das vias na Europa, por exemplo, segue a organização adminstrativa delas (“federal”, “regional”, “municial”, equivalentes às BRs, rodovias estaduais, etc. para “primária”, “secundária”, “terciária”) e as “living streets” são todas demarcadas com placas. Ou seja, os mapeadores não têm que julgar quase nada, só copiar a informação da fonte oficial ou da placa.

A nossa situação aqui é bem diferente. Faltam placas, faltam mapas oficiais. O julgamento acaba recaindo sobre nós, contribuidores do OSM. E como somos todos diferentes, temos noções de importância que são diferentes.

Por um lado, eu acho isso uma vantagem. Já notei alguns descontentamentos aqui e ali lá na comunidade européia quanto aos critérios que eles mesmos adotaram. No meio do debate sobre a classificação das vias, por exemplo, um alemão disse que há terciárias lá que estão em estado ruim (contradizendo algo que outro alemão tinha me dito). Enfim. O problema não é só aqui. Mas lá eles têm algumas coisas a mais em que se basear para evitar muitos confrontos. A nossa vantagem aqui é que não precisamos nos fixar em “status oficial” se ele não nos agrada. Se nos agrada mais usar as características físicas, então que seja. Se nos agrada mais a quantidade de tráfego, o nível de manutenção, ou a distância total em preferencial, enfim, podemos adotar o critério que quisermos.

A única coisa que eu não gostaria é que cada mapeador adotasse um critério diferente, daí o mapa viraria uma colcha de retalhos sem coerência. O melhor é chegar a um consenso, e aplicar o que decidimos juntos. E quem já acompanha a lista há um tempo sabe que eu voltei atrás na minha opinião pessoal várias vezes para me realinhar à opinião geral da comunidade.

+1

E que fique registrado que algumas das suas acabaram sendo melhores que as minhas (e eu as mantive). :smiley:

Talvez esteja meio confuso. Que tal postar os links de novo explicando a situação de cada um?

Por enquanto, acho que as suas opiniões estão sendo bem recebidas. :smiley: Todas são, se forem com a intenção de ser construtivas.

  1. beco que eu penso ser via pública

  2. final de rua que faz ‘S’ provavelmente impedindo passagem de Chevrolet D40

  3. rua típica do conjunto residencial onde eu moro

  4. beco irmão de 1, só que “pavimentado”novo link

  5. beco que fica na frente de 4, do outro lado da ruanovo link

No último lance :laughing:, acho que Linhares falou de 3 e você falou de 2.

1, 2, 4 e 5 são muito próximos um do outro, na cidade de Caicó, interior do Estado do Rio Grande do Norte.

3 é no Conjunto Ponta Negra, bairro Ponta Negra, em Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte.

Não tem problema o bairro inteiro ser de living street. Se você o marcar assim, roteadores saberão que é um lugar de difícil passagem e mandarão os veículos fazendo a volta por ele. Idem para os usuários que estejam olhando pra um mapa em papel tentando decidir uma rota.

Da maneira que se define “living street” no OSM internacional e nos países que de fato têm esse conceito, esse tipo de rua não é visto como inferior (no aspecto filosófico e moral) a “residential”. Nem o é da maneira que eu sugiro no Brasil. A única coisa “inferior” é a velocidade média. Na cabeça de alguns (com os quais eu concordo), isso inclusive é uma boa coisa (melhor pra saúde e pra convivência das pessoas).

Algo próximo que se tem por aqui no Brasil são os curtos trechos em torno de escolas sinalizando uma maior presença de crianças e obrigando uma velocidade reduzida. Mas lá fora, o conceito é mais amplo e inclui adultos e ocorre em lugares mais diversificados (apesar de a maioria ser mesmo em áreas mais residenciais, distantes do centro).

Outro caso que poderia ser similar ao seu, Alexandre, são as ruas no centro de Salvador. São todas “residenciais” (no sentido de terem muitas residências), mas a maioria é de difícil acesso. Alguém navegando por essa área precisa saber disso pra não se meter num lugar de onde é difícil ou complicado sair. A minha opinião (que não é a opinião geral da comunidade) é que o mapa deve ajudar as pessoas a tomar essa decisão (entre outras). Onde as pessoas mais discordam da minha opinião é o fato de essa definição não ser “oficial”, de não ter placa indicando que a rua é de espaço compartilhado (como é lá fora).

Vou aproveitar essa linha de pensamento e lhe deixar com alguns exemplos aqui em Porto Alegre:

  • este bairro já foi mais pobre e vem se desenvolvendo recentemente, todas essas ruas são bastante estreitas e notavelmente diferentes das outras residenciais da cidade (calçadas curtas, gente andando na rua em vários horários, carros estacionados de qualquer jeito, etc.); eu associo esses comportamentos não à condição financeira do bairro e sim ao fato de que pouca gente realmente passa de carro por ali (se mais gente passasse, os moradores não iam deixar o carro largado de qualquer jeito né)
  • este outro fica dentro da maior favela da cidade; as ruas são estreitas e tortuosas, devido à falta de planejamento urbano; como você pode ver, o lugar tem uma praça, duas escolas e uma capela (que é bem famosa, tem uma procissão todo ano que sobe o morro até ela); originalmente eu tinha mapeado isso com a intenção de evitar o roteamento por lugares inseguros, mas à medida que a discussão evoluiu na comunidade, hoje seria mapeado quase da mesma forma (e estou para revisar) por causa das características dessa via (ou seja, em parte a comunidade me ajudou a esclarecer o conceito que eu realmente queria capturar: o de uma classe de vias por onde é ruim passar de caro, não porque o asfalto é ruim, mas porque a via nunca foi projetada adequadamente para o trânsito)
  • ironicamente, logo ao lado fica um bairro relativamente mais rico mas também com living streets; pode ter menos gente andando na rua do que numa favela, mas os carros também são deixados de qualquer jeito e as ruas são estreitas, o que me indica que quase ninguém passa por ali normalmente

Todas essas situações me parecem (como motorista, ciclista e pedestre) bastante distintas das residenciais aqui, aqui e aqui.

(Dica: repare que na URL do OSM tem dois números no final. São coordenadas. Jogue-as no Google Maps sem a “/” no meio e você vai pro mesmo lugar que o meu link indica, daí você pode explorar com o Street View.)

Mas lembre: essa definição não é amplamente aceita no OSM e a discussão segue aos poucos. Se você quiser evitar a discussão, evite usar living street. Mas se alguém a estiver usando, deixe que use, ou pergunte por que está usando, até que você se sinta confiante pra usá-las. A minha sugestão é experimentar para ver em que casos se adequaria a Natal e regiões próximas, certamente a sua experiência fazendo isso enriqueceria o debate.

Mas uma rua típica do Conjunto Ponta Negra não é um lugar de difícil passagem, é apenas um lugar que ninguém quer passar, se pode andar em asfalto macio. Pelo contrário, é tranquilo trafegar de carro, moto ou bicicleta nessas ruas. Chances de batidas ou atropelamento, eu diria que são mínimas. O meu ponto, talvez, é que essas ruas tendem a ser desertas a maior parte do dia. Mas aí… deserto é não ter live.

Ah! Por “difícil acesso” você quer dizer xadrez de ruas? Aqui nem tanto é assim… mas eu estava lendo “difícil acesso” como condições de pavimentação, largura da via, pedestres no meio, essas coisas.

Sim, mas essa última parece uma rua que convida os moradores a ir para o meio da rua. Deve ser um lugar muito agradável.

Por outro lado, eu sei que não é essa a ideia com os exemplos de living street que foram dados, e concordo com eles, por serem como eu estava pensando. Mas o living street original convida as pessoas a irem “por lazer” para o meio da rua, não é?

O difícil pode envolver várias situações distintas (e pode ser que cada uma mereça um tratamento diferente). No momento, eu considero difícil aquilo que é estreito demais ou que tenha muitos obstáculos. A via estar em más condições é algo que se expressa com as tags surface (mais famosa) e smoothness (menos, não sei por quê).

Eu postei na outra thread, mas só pra não te deixar sem resposta (se quiser continuar, copia pra lá). Em lugar nenhum diz explicitamente que é por “lazer”, é mais ligado ao “convívio”, especialmente entre vizinhos. Geralmente envolve lazer, pode envolver coisas que não tenham tanta ligação com o lazer (tipo trabalho). O fundamental do conceito estrangeiro é que a prioridade do espaço é para o pedestre e que o veículo é quase um “intruso” que os pedestres deixam passar.

Respondi aqui.

Amigos,

Acho que já está na hora de traduzir o nome de uma das camadas do OSM: “Cycle Map”.

Tem alguma razão por ter ficado deste jeito até agora?

Se não, sugiro traduzir como “Mapa ciclista”

Quero sugerir que este tópico comece a ser desmembrado em outros. Já tem alguns casos, como a #126. “Traduções” é muito genérico. Para discussões ainda não encerradas, o respectivo autor da última mensagem correlata pode editá-la apontando para novo tópico.

Por que amenity=school está como “School Grounds” no iD e não “Escola”? :confused:

Hm fazia uns dias que eu não passava por aqui. Claro que podemos traduzir as camadas.

Poderíamos dividir as traduções nos seguintes grupos (que são 100% independentes uns dos outros):

É certo que “School Grounds” está errado. Pode ter sido uma alteração recente no editor (uma string nova) da qual não fomos avisados.

Imaginei que fosse algo do tipo. Foi acrescentado também “Hospital Grounds”. Deve haver outras strings novas. Valeu!

Revisei as traduções do iD, “School Grounds” já estava consertada mas tinha outros problemas mais sérios que já deviam ser conhecidos dos tradutores, do tipo:

  • “nó” ao invés de “ponto”
  • “via/caminho/estrada” ao invés de “linha” (“via” é só pra linhas transitáveis)
  • “elemento/feição” (!) ao invés de “objeto”; a confusão é porque os autores do iD usam a palavra “feature” (uma escolha infeliz) para se referir a geometria + significado (tags)

O que vocês acham de traduzir “motorroad” como “via de trânsito rápido”? A descrição no OSM parece com a do CTB mas não com a da Wikipédia, que é bem parecida com o que ela mesma diz sobre autoestradas, que certamente são motorways.

“Via expressa” vai gerar confusão talvez com essa proposta? http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Proposed_features/Expressway_indication

Bem, a proposta está abandonada desde 2010 e é pouco usada. E motorroad é um termo inventado no OSM e é quase impossível de traduzir literalmente com clareza (“estrada motorizada”). Você preferiria mudar via expressa (de highway=trunk) para via rápida, como fazem os portugueses ao traduzir trunk no JOSM?

Um (auto)exercício de lógica:

  • O americano autor da proposta da expressway do OSM diz que “the unifying property of Expressways is access control” e o que ele quer é distinguir trunks com e sem controle de acesso
  • Key:motorroad: “The motorroad tag is used to describe highways that have motorway-like access restrictions (i.e. cyclists and pedestrians banned) but that are not a motorway.”
  • Diferença entre motorroad e expressway no OSM: “Motorroad’s access restrictions are about vehicles such as bicycles and shoes, not access from properties.”
  • CTB: “Via de trânsito rápido - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.” Então, tem razão, a expressway proposta é o mesmo que a via de trânsito rápido do CTB.
  • Talvez motorroads não existam no Brasil, assim como não existem na França.
  • A motorway do OSM, segundo o que diz no próprio artigo, tipicamente é uma controlled-access highway
  • A trunk do OSM parece corresponder a uma limited-access road
  • A Wikipédia não oferece tradução para trunk road
  • A Wikipédia faz as seguintes traduções:
  • Se trunk tem características de limited-access roads, e essas são vias expressas, então faz algum sentido traduzir como via expressa; é pouco claro em inglês assim como é em português
  • Um pouco de Google e parece que o termo “via reservada” (citado como nome alternativo no artigo da Wikipédia sobre “via expressa”) é usado em Portugal num sentido bem parecido com o de motorroad. Ver também a antiga lei portuguesa (não consegui achar a atual).